Rendição efectuada, uma senhora pede para entrar porque estava "muito calor na paragem que não se aguenta estar ao sol..." dizia-me num português arranhado de francês. Arranco em direcção ao Martim Moniz, com apenas aquela senhora que havia entrado e sentado num dos muitos bancos disponíveis, todos eles à janela. O carro seguia com todas as janelas abertas até que parados no semáforo, ali mesmo em frente ao estaleiro das obras que darão lugar à futura estação do Metro da Estrela, a senhora em questão, sentada no penúltimo lugar do lado esquerdo do eléctrico questiona: "Senhorre, não pode ligarre o ar condiccionado? Está muito calorre!"
Expliquei-lhe que o Ar Condicionado já estava ligado no máximo! (As janelas estavam todas abertas), mas percebi que ela não estava a brincar quando responde "mas como está no máximo que não se sente nada! Deve serre por ter as janelas abertas!". Disse-lhe que se tratava de uma tecnologia de ponta, em que só sentia o fresco em andamento... Pois afinal tratava-se de um eléctrico antigo e não de um autocarro. Ela sorriu e disse, que "mesmo assim pensava que tivesse arre condicionado. É que não se aguenta mesmo..."
E lá foi até ao Martim Moniz, de onde queria voltar para a Estrela, dando a entender que estava em pleno passeio, e não por obrigação como foi o meu caso que ali tive de andar até ás 23h10, hora essa a que os ponteiros ainda apresentavam 28 graus! Um dia verdadeiramente quente e sufocante, que antecede a um domingo, também ele com temperaturas altas. Haja muita água para hidratar e uma sombra para refrescar.
Boas Viagens a bordo dos veículos da CCFL!
1 comentário:
Texto e situação muito interessantes. Bem escrito.
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