A Carris assinou esta manhã um contrato com a CAF para a aquisição de 15 eléctricos articulados, nas instalações da companhia em Santo Amaro. No âmbito deste processo de reestruturação da empresa e renovação da frota, Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, aproveitou a cerimónia, para lançar igualmente, um concurso público para a contratação de mais 30 autocarros eléctricos e aquisição de 16 pontos de abastecimento duplo.
Com um investimento total de 60 milhões de Euros, o presidente da câmara de Lisboa reforçou o papel que a autarquia teve ao longo dos últimos quatro anos, quando o estado passou para as mãos da autarquia a gestão da transportadora.
O presidente da Carris, reforçou a importância destes investimentos na descarbonização e recordou que recentemente foi assinalado o primeiro ano de operação dos autocarros eléctricos na empresa, ao serviço na carreira 706. Tiago Farias lembrou também que este investimento tendo como parceiro o plano estratégico da autarquia, volta a apostar no modo eléctrico, sendo que esta compra vem aumentar a oferta do material circulante em mais do dobro do existente. Os novos eléctricos terão 28.5 metros e capacidade para 221 passageiros.
Já o presidente da autarquia, Fernando Medina evidenciou o facto de em tempos mais difíceis a Câmara ter assegurado através da Carris, a espinha dorsal do sistema de mobilidade da cidade, durante a pandemia, agradecendo a todos os colaboradores o empenho e profissionalismo com que sempre desempenharam as suas funções. Fernando Medina não quis deixar de lembrar os tempos em que a Carris estava à beira da privatização, sabendo-se que dificilmente seriam alcançados os resultados que hoje são conhecidos, com uma empresa a rejuvenescer e a não criar dívida, reforçando que ao contrario do que se dizia, não serão os contribuintes de todo o país a pagar as dívidas da empresa, porque cabe à autarquia assegurar as custas do serviço público.
O presidente da edilidade local lembrou que este é um dia histórico para a Carris e para a autarquia, até porque, segundo Medina, o próximo plano estratégico a entregar à empresa, «a Carris ficará responsável pela operação do LIOS, isto é, do metro de superfície que ligará a linha de Alcântara a Oeiras, Miraflores, Linda-a-velha, e descendo novamente à marginal, com uma ligação directa à nova linha vermelha do metropolitano em Alcântara, ligando igualmente à actual linha do 15E», projecto este que obrigará a nova aquisição de material circulante, tendo o autarca desafiado de imediato as empresas a concorrerem com as melhores propostas.
Por fim, Fernando Medina direccionou uma palavra aos trabalhadores da Carris, dizendo que «talvez a razão mais decisiva pela qual a Carris hoje é uma empresa municipal de sucesso e referência, resultou pelo facto de , desde a primeira hora, mesmo nos momentos mais difíceis, os trabalhadores terem dito "nós confiamos na Câmara de Lisboa para ser nosso accionista", e quem nos dá essa confiança não merece menos do que aquilo que estamos a fazer, ou seja, construir uma carris para o próximo século».
Recorde-se que o primeiro eléctrico deverá chegar em 2023, sendo que os 14 restantes chegarão nos nove meses seguintes à chegada do primeiro.
Fotos: Carris.pt e printscreens do directo da cerimónia desta manhã
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