quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Voltámos ao tempo das "queixinhas" quando todos nós temos de ser agentes de saúde pública...

A pandemia ainda não chegou ao terminal. Uma segunda vaga da Covid-19 tem feito crescer os números de dia para dia, contudo as pessoas parecem um pouco mais desleixadas que na fase inicial. Talvez vencidas pelo cansaço, ou talvez por ignorância. São cada vez mais as pessoas que entram diariamente pela porta do transporte público, com a máscara no queixo, com o nariz destapado, ou simplesmente sem máscara. Na última semana alertei mais vezes os passageiros devido à máscara, que na fase inicial pós confinamento. E assiste-se cada vez mais ao "fechar das janelas" inibindo assim a circulação de ar, ao contrário do que se sugere, e obviamente que todos compreendemos que o tempo começa a ficar mais fresco, mas fechar todas as janelas não é propriamente uma solução eficaz, embora compreendemos também que se está a chover, não vamos deixar a janela aberta, mas temos sim de saber medir as situações.

Depois há também cada vez mais aquela situação do "queixinhas", que pode até estar sentado ao lado de alguém que está a desrespeitar as normas de utilização do transporte público (ausência de máscara, por exemplo), mas que se levanta e dirige-se ao condutor para dizer "sr. guarda-freio vai ali um senhor sem máscara", fazendo lembrar os tempos da infância na pré-primária. E acreditem que muitas das vezes as pessoas que prevaricam estão em ângulos mortos que não nos permitem serem vistos pelo espelho retrovisor interno. No entanto, tratando-se a pandemia de um problema de saúde pública, onde todos nós somos agentes, porque não ser a própria pessoa que alertou o condutor, a chamar a atenção do prevaricador?

Afinal de contas, temos todos de zelar para o bem comum e o bem comum neste momento, é tentarmos minimizar os efeitos deste vírus invisível que veio para ficar, até que uma vacina o domine, o que tarda em aparecer. Todos nós não queremos voltar a fechar o país porque sabemos das consequências que isso acarreta, por isso é mesmo importante todos termos a consciência que ao alertarmos alguém para a mudança dos seus comportamentos, é para o bem de todos e do próprio. 

"Ajude-nos a não parar! Seja um agente de saúde pública!"  

1 comentário:

CR 35 disse...

O mal só acontece ao outros , o Português adora ser apertado. O problema é que não é responsabilizado deixando sempre que outros resolvam , depois queixam-se que são severos , andam a perseguir. Enfim, a cultura mudou numas coisas, noutras regrediu, o excesso de direitos são mais que os deveres . Os mais velhos estão com saudades da era do respeito e da disciplina mas podemos viver com tudo isso se todos seguissem as regras sem estarmos numa sensação ditatorial. Boas viagens a bordo dos amarelos da Carris.

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