domingo, 30 de agosto de 2020

E assim vai Lisboa numa nova normalidade fora do normal...

Naquele que continua a ser um ano atípico devido à pandemia, o fim de Agosto começa a trazer um crescente número de turismo. Os eléctricos voltam a andar repletos de turistas num vai e vem constante como se não houvesse amanhã. Todos querem após o confinamento, viajar a bordo das casinhas amarelas da capital portuguesa, em busca de ruas e ruelas desconhecidas, miradouros e praças onde tudo tem de ser registado fotográficamente.

As filas para o 28E voltam a formar-se nos pontos mais movimentados, como os casos do Martim Moniz, Camões, Estrela ou Prazeres e se muitos dos que nos procuram tentam minimizar os custos da pandemia cumprindo as regras e comprando antecipadamente os bilhetes, outros há que, ou entram sem máscara ou que entram já com uma nota grande pronta a receber um bilhete de volta e muito troco, ou não fosse o dinheiro uma das coisas mais sujas do mundo. Há de tudo e para todos os gostos, e até há aqueles que insistem em não querer sair no terminal, como aliás desde sempre me recordo existirem, como se fossem eles os ditadores das regras e todos os outros estivessem errados.

Ainda assim, tenho que destacar o aumento do turista nacional, aquele que aproveita um fim-de-semana ou umas curtas férias para conhecer melhor o seu país e claro está, Lisboa não é excepção. Embarcam no 15E em busca do famoso Pastel de Belém, o tal que só é bom na hora, mal sabendo muitos deles que ali tão perto no Cais do Sodré há a Manteigaria, com semelhante iguaria pronta a comer e chorar por mais.

Mas muito veio mudar esta pandemia que abalou o mundo. Muitos foram os espaços que encerraram ao longo do trajecto por onde vou passando, qualquer que seja a carreira, numa cidade cujo centro se virou nos últimos anos para o turismo. Há na cidade zonas completamente descaracterizadas ou desertas, ao mesmo tempo que novos espaços surgem com a esperança de dar um novo fôlego à cidade que não dorme.  

E porque o Covid-19 veio implementar uma nova normalidade, também a Feira do Livro de Lisboa, realiza-se este ano em finais de Agosto no local do costume, o Parque Eduardo VII, onde ficará até 13 de Setembro. Uma oportunidade para editores e livreiros reduzirem o impacto da crise que se instalou devido ao vírus que obriga também no recinto da feira, a que os seus visitantes usem máscara e desinfectem regularmente as mãos, conforme já é prática na maioria dos espaços públicos.

À porta está também o mês de Setembro, e com ele vem a celebração dos 148 anos de vida da Carris, e muitos têm sido as mensagens que têm chegado ao Diário do Tripulante, com a questão referente à realização ou não do desfile Anual dos Eléctricos do museu da Carris. Pois por enquanto ainda não há certezas quanto à realização ou não do referido desfile pelo que sugiro estarem atentos ao site oficial da Carris e do Museu da Carris. 

Assim sendo, resta-me desejar a todos os que têm questionado a ausência de novos post's aqui no blogue, uma boa viagem a bordo dos amarelos da Carris, na esperança que tudo isto passe rapidamente para que possamos voltar a ter um contacto mais normal com todos e novas histórias a cada viagem. 

1 comentário:

CR 35 disse...

O desfile poderá sempre realizar-se basta manter a distância de segurança ,porque não é o si e entra de carreiras normais. Assim desenferrujam-se as rodas .

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