Uma das viagens desta manhã na carreira 15E podia ser igual a tantas outras, muito embora, todas as viagens sejam por si só diferentes. O certo é que a diferença desta viagem não estava apenas no veículo, que era um autocarro em vez do habitual eléctrico. A viagem a que me refiro foi diferente por duas situações. A primeira porque transportei uma senhora que me perguntou se eu era o Rafael. Estranhei a questão, ou talvez não até porque esta viagem partilhada neste blogue tem levado ao longo dos anos a que alguns passageiros me reconheçam, por muito que se tente passar despercebido entre as curvas e linhas de Lisboa.
Num curto diálogo entre as quatro paragens que separavam o ponto de partida e de chegada dessa passageira, lá me disse que tinha estado na exposição fotográfica que apresentei recentemente na livraria Palavra de Viajante, na Rua de São Bento. Deu-me os parabéns e que gostou muito de ver "os amarelos tão bem representados através do olhar de quem os conduz...", não deixando de acrescentar que tenciona em breve adquirir o livro porque na altura não ia prevenida para tal.

A jovem, com ar de quem estava a estranhar o local, exclama: "Mas Algés que conheço não é assim!" Iniciava-se assim um dialogo divertido...
Motorista: "Pois eu Algés só conheço esta localidade. Não digo no entanto que não haverá outra algures pelo país..."
Passageira: "Mas... (pausa) Estes jardins e flores... (pausa) Não me parece!"
Motorista: "Mas olhe que está em Algés - Oeiras. Mas como é afinal a Algés que conhece?"
Passageira: "Não sei...(pausa) Mas tem coisas e largo com... não sei como dizer..."
Motorista: "Pois assim é difícil, se nem você sabe!"
Passageira: (risos) "Pois, mas... tem a certeza que estamos em Algés?"
Motorista: "Tenho pois. Mas não estará a estranhar não ser a zona do terminal dos autocarros ao lado da estação do comboio?"
Passageira: "Pois não sei, mas talvez. Como procuro isso?"
Motorista: "Então é caminhar em frente que encontra, caso contrário pode perguntar. Mas se você não sabe como é a Algés que diz conhecer, não vejo como perguntar..."
E lá foi a jovem, meio perdida, quer geograficamente, quer pelo riso de quem se viu numa situação insólita de querer explicar algo que nem a própria sabia como o fazer.
E assim vão as viagens pelos veículos da CCFL. E quanto a si, já sabe... se quiser adquirir o livro "InstaTram - Lisboa", pode recebê-lo comodamente em sua casa com os portes de envio grátis. Encomende por email livro.diariotripulante@hotmail.com
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