A semana começou bem cedo. A primeira viagem do 24E de hoje estava por minha conta e bem mais fresca do que estamos já habituados, embora estejamos quase no Natal. Sim no Natal, porque basta ver as carrinhas azuis dos Castros para sabermos que o Natal está mesmo aí a chegar. Mas quando pensava que iria ficar preso numa interrupção, até porque era a primeira vez que ia fazer a primeira viagem do dia na 24E, eis que a interrupção foi na Rua de São Paulo, ainda no trajecto de saída da estação para o Largo do Camões.
Foi ainda assim, uma interrupção de curta duração. Duas chinesas surgem na janela de um prédio, admiradas por verem um eléctrico parado ali mesmo à porta, quando o relógio ainda apontava as 06h25. De pijama e numa correria surgem na rua. Uma para estacionar melhor o carro e a outra para ajudar a estacionar. Pediram imensa desculpa, mas disseram que não sabiam estacionar e que não sabiam que o eléctrico passava tão cedo. Foram honestas! O eléctrico prosseguiu e lá cheguei ainda a tempo de fazer a partida das 07H00 rumo a Campolide.
Mas hoje na 24E a manhã foi cansativa, num chega e vira constante, dado o trânsito e a quantidade de passageiros transportados, que tem vindo a aumentar. Mas o que me chateia de facto nesta carreira, é apenas o facto de não ter um terminal em condições para os lados de Campolide. As pessoas não têm um abrigo e mal vêm o eléctrico chegar, ainda mal os passageiros acabaram de sair da viagem anterior e já estão os outros do lado de fora, a bater à porta para entrar. Depois reclamam muito com o facto de estarem ao sol ou ao frio, como se fosse culpa do guarda-freio não ter ali uma paragem.
E por falar em paragens, já não se pode usar aquele termo que aqui já foi referido, da paragem do Rato ser na "cochinchina". Na verdade o termo devia-se não só ao facto da mesma ficar longe do Largo do Rato, mas sobretudo porque estava à porta de um restaurante com esse nome. Agora a paragem foi recuada para o candeeiro anterior, estando mais próxima do Largo do Rato, mas ainda assim, a satisfação dos passageiros não é total.
Uns porque estão na paragem anterior e o eléctrico pára antes... Outros porque dizem que não avisaram nada, e outros ainda, porque dizem que a paragem devia ser era juntamente com a do 758. Hoje aquele troço da Escola politécnica parecia portanto, um carreiro de baratas tontas, à procura da paragem, mas nunca o guarda-freio pode estar certo do local da paragem, a confirmar pelo comentário de uma passageira ao entrar após uma curta corrida... «você já não sabe onde tem de parar o eléctrico?» , ao que respondi: «Sim sei, é nas paragens, e foi o que fiz....» Convicta de que tinha razão, a senhora questiona «então e não sabe que a paragem é na Mercedes?».... Esclareci: «Basta olhar para o postalete e ver onde é a paragem minha senhora», disse. Ela espreitou pela porta que entretanto já se fechava e meio corada disse: «Queira-me desculpar, não tinha visto que tinham mudado a paragem!» É caso para dizer que "Aqui há rato..."
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