domingo, 11 de junho de 2017

Quando as novas tecnologias passam para a linguagem do quotidiano...

Chegou o auge das festas de Lisboa. Santo António comemora-se já na noite de amanhã, mas as festas já começaram no início do mês, trazendo para as ruas centenas de pessoas. Mas a semana até começou longe da confusão, em pleno sossego da carreira 18E onde já não era escalado há algum tempo. E que diferenças encontrei... Comecei por estranhar as saudações dos passageiros coisa rara nos tempos que correm, e depois estranhei sobretudo as alterações pós-obras na calçada da Ajuda. Mas não deixei de estranhar a quantidade de turistas que já começam a procurar o 18E, talvez para fugir às enchentes do 28E ou para conhecer outras zonas da cidade. E estranhei sobretudo porque o eléctrico andou quase sempre bem composto e porque o tempo para as viagens começou a ser mais apertado, talvez por causa dos constrangimentos causados pelas obras do Calvário, que fazem jus ao nome.

E porque de regressos se inicia este post, não posso deixar de lado o regresso também ele à 12E. Já com as sardinhas na grelha e o pão no cesto, o eléctrico rasga as ruelas da Mouraria cobertas de fumo e cheiro a grelhados. Os turistas deliram e juntam-se à festa. Lisboa está na rua e confusão não falta nos bairros históricos da cidade onde se comemoram os santos populares. A zona do Castelo continua a ser a mais caótica e perdemos imenso tempo entre São Tomé e as Portas do Sol. Mas como depois da tempestade vem a bonança, nada como acabar a semana na 15E com o sossego de trabalhar numa cabine onde nos livramos daqueles amassos habituais da 28E. 


Ok, temos o bater na porta para trocar dinheiro ou para comprar o bilhete, ou até mesmo para perguntar se vamos para Belém, mas esta semana descobri uma nova forma de se comunicar. Na Praça da Figueira uma rapariga pretendia saber se eu ia para Algés, apesar de na bandeira já ter o destino "15E BELÉM", e como não havia vidro para abrir, e como não estava a entender o que a rapariga pretendia, ela à boa maneira portuguesa, desenrascou-se e pegou no telemóvel, entrou no facebook e escreveu no seu mural com fundo colorido a questão "Vai para Algés?" , disse-lhe que não e ela agradeceu com um like! Chegam assim as comunicações digitais ao quotidiano dos nossos passageiros. 



1 comentário:

CR 35 disse...

Bem! será escusado dizer que devia ser uma loira, se usa tecnologia para perguntar poderia usá-la para saber que Belém é antes de Algés, mas enfim é a personalidade típica portuguesa ,protesta via net, mas prefere incomodar com perguntas o que está ESCARRAPACHADO nos terminais,paragens e bandeiras. Mas louvo a rapidez de raciocínio .

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