quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Ontem foi um dia aéreo na 15E

Costuma-se dizer que um mal nunca vem só, e o certo é que o dia de ontem na 15E foi de bradar aos céus, porque a rede aérea decidiu fazer das suas, coisa rara, mas que por vezes acontece. Comecei o serviço no Calvário com 55 minutos de atraso porque o meu eléctrico tinha ficado condicionado na circulação na zona do Corpo Santo porque uma das aranhas da rede aérea terá prendido num pantógrafo. A prontidão do carro do fio ajudou a que o tempo de espera não fosse superior. Contudo não o suficiente para calar as pessoas que ao verem-me no Calvário, me questionavam o porquê de esperarem tanto tempo. 

A dada altura ainda não sabia do que se passava, e dizia isso mesmo a quem me perguntava, contudo o passar dos minutos e a ausência de movimentação de eléctricos na zona, levou-me a deduzir que houvesse algo anormal. Contactei a expedição e informaram-me que havia o referido problema no Corpo Santo, que entretanto estava prestes a ser resolvido. Alguns dos passageiros na paragem ao verem-me ao telefone questionaram-me novamente e lá lhes disse que havia uma interrupção. Começaram de imediato a reclamar comigo, dizendo que se ali tem painéis informativos não custava colocar lá a informação até porque o tempo de espera mantinha-se nos 3 a 4 minutos.

Remeti-os para a Carris uns metros à frente a fim de apresentarem a sua reclamação, visto que nada podia fazer, pois também eu aguardava o eléctrico. Chegou pouco depois e lá rendi a colega. Mas só andei uns 700 metros porque entretanto mais à frente na Rua da Junqueira, um esticador da rede aérea terá rebentado, o que fez com que os cabos baixassem e não pudéssemos circular com a garantia que o pantógrafo não fosse lá ficar preso e aumentar assim o estrago.  

Novamente parados e novamente à espera do carro do fio, que nem teve tempo de entrar na estação. Veio directamente do Corpo Santo para a Junqueira e em menos de 30 minutos conseguiram restabelecer a circulação. Não posso portanto uma vez mais, deixar passar em branco o trabalho por vezes invisível destes trabalhadores que são mais visíveis de noite, mas que são imprescindíveis para a circulação dos eléctricos. Com a circulação restabelecida, foi vez da Central Comando de Tráfego ter a missão de reordenar os carros pela ordem correcta para que se conseguisse cumprir os horários dentro dos possíveis e prossegui para Algés. O dia acabou por decorrer dentro da normalidade até se dar um acidente entre terceiros já junto ao Hospital Egas Moniz que voltou a interromper a linha 15E e 18E porque os condutores não se entenderam. Mais de 1h00 a circular entre Santo Amaro e Praça da Figueira. 

Hoje esperamos que o dia decorra de forma mais tranquila e sem percalços de maior. A todos os passageiros os votos de uma boa viagem a bordo dos veículos da CCFL

1 comentário:

César disse...

Viva, Rafael Santos! Ótima a chamada de atenção para o valor do trabalho com a rede aérea. A propósito, há dois dias vi adiantada, quase pronta, a instalação da dita na raquete do Cais do Sodré. Quer isso dizer que está próximo o retorno do 18E até ali?

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