Os dias não têm dado tréguas para aqui vir relatar algumas das situações com as quais me vou deparando no dia-a-dia, mas hoje consigo aqui abordar os últimos dias de serviço que marcaram uma vez mais o regresso à borracha com o serviço extraordinário do Rock in Rio, e não foi de todo pacífico esse regresso. Habituado a este tipo de serviço, dado ser o terceiro rock in rio que faço ao serviço da Carris, este ano terá sido além do mais fraco, aquele que criou mais problemas, embora tenham sido resolvidos a tempo com a ajuda da PSP.
Hoje encontramos cada vez mais jovens que nem as autoridades respeitam, quanto mais o motorista. Depois dos improvisos iniciais ainda na cidade do rock quanto ao custo do bilhete, lá consegui iniciar viagem rumo ao Cais do Sodré ás 03h20. Mal arranquei o botão "STOP" foi a escolha principal dos jovens para "brincar" com o motorista, esquecendo aquela rapaziada que quanto mais paragens efectuadas mais retardada estaria a chegada ao Cais do Sodré. Mas quando a isto se junta uma nuvem de fumo no autocarro com cheiros pouco agradáveis, resta mesmo convidar a sair ou a apagar os emissores de fumos não desejados a bordo dos autocarros.
Como a ordem não foi acatada (como aliás já esperava), pedi pelo menos respeito pelos restantes passageiros, mas não foi preciso andar muito até me cruzar com um carro da PSP que apercebendo-se dos "4 piscas" do autocarro abrandaram, tendo solicitado ajuda dos agentes para resolver a questão. Foram então convidados a sair 2 vezes pelos agentes da PSP, mas o gozo continuava até que foram forçados a pedir reforços para retirar os cerca de 10 a 15 elementos que estavam a incomodar os restantes passageiros naquela viagem rumo ao Cais do Sodré.
A chegada dos reforços, fez com que de imediato se levantassem das cadeiras e abandonassem o autocarro. É caso para se dizer que esta malta nem para eles são bons. Pagaram um bilhete e não chegaram ao destino, ficaram apeados acompanhados pelos agentes da PSP que entretanto me mandaram prosseguir viagem. E lá prossegui viagem tentando dar conhecimento da situação à central, mas infelizmente sem resposta. O resto da viagem foi feita de forma tranquila e sem chatices.
Já hoje de volta ao ferro, na carreira 12E, uma invasão italo-francesa causou uma discussão entre os passageiros habituais da 12 e os turistas que não queriam ceder o lugar a um idoso. Tive de intervir e solicitar que fosse cedido o lugar reservado para o efeito, tendo ficado resolvida a questão.
Na paragem seguinte uma turista brasileira queira entrar com uma tarifa de bordo já utilizada. Digo-lhe que não é válido e ela teima comigo dizendo que sim! Informo que é válido apenas na viagem em que é comprado e ela insiste dizendo que "a colega tinha dito que era para duas paradas, ora se eu fiz uma parada posso fazer a segunda". Contei até 10 e expliquei-lhe que não estava ali para enganar ninguém e se estava a explicar que não era válido é porque não era mesmo. Mas com custo lá pagou mais uma tarifa de bordo, não deixando de dizer que "devia estar inscrito no ingresso porque quem me garante que fala verdadxi?!", sugeri-lhe então que se dirigisse a um balcão Carris e se informasse.
E assim têm sido, algo atribuladas as viagens a bordo dos veículos da CCFL
1 comentário:
Que País é este onde os valores do respeito,do trabalho, de quem lhes dá tudo com sacrifícios ,ou não, vai parar?
É para isto que fazem manifestações vestidos de amarelo?
Volta ditadura que fazes cá falta.
Nem com brochuras,mapas,ou escrito nas tarifas de bordo lá vão ......IRRA!
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