Chegou o Natal às ruas de Lisboa e com ele veio a azáfama que caracteriza estes dias. Depósitos cheios, mais euros nas carteiras e viva o consumismo. Lisboa sai de casa para a rua e o cheiro a embraiagem abunda num pára-arranca constante para ver as luzes que dão colorido diferente às ruas ou para chegar ao Shopping onde o Pai Natal já está desde Novembro, dando a entender que o melhor é chegar mais cedo porque depois com tanto trânsito pode é chegar atrasado.
Todos os anos é o mesmo filme, horas intermináveis numa fila de trânsito e a promessa que para o ano não vão de carro, contudo a fraca oferta da nossa rede de transportes que continua muito aquém da procura e da resposta desejada nestes dias, leva a que juntamente com inúmeras obras agendadas para épocas festivas voltem a fazer sair os carros dos parques para o centro da cidade. Há barraquinhas, vinho quente, pão com chouriço, música, animação e carroceis para os mais novos.
E depois aqueles, que sempre preferiram os transportes públicos, ou que optaram este ano por utilizá-los, acabam por perder horas fechados num transporte público que demora 30 minutos entre duas paragens. Começam os desabafos e as constantes mudanças de planos. «Eu bem te disse que o melhor era não sairmos de casa», diz um senhor para a esposa com os seus filhos irrequietos em pleno articulado cheio já entre o Corpo Santo e a Praça do Comércio. As carreiras atrasam constantemente com cortes atrás de cortes. As filas chegam a atingir quilómetros e muitos optam por ir a pé. E a pé são muitos os que andam em plena escuridão da Praça do Comércio, onde uma vez mais a autarquia deixa a desejar na organização de um evento onde o trânsito circula pelo meio do espectáculo, sem policiamento por perto. É o salve-se quem puder na república das bananas e não precisa de ir ao Politiama para assistir a cenas de quem arrisca tudo para passar na frente do eléctrico, nem que tenha de parar um metro à frente.
Assim vão os dias que antecedem mais um Natal na capital portuguesa...
2 comentários:
A pé até se faz melhor a visita à baixa ,mas o pessoal é demasiado comodista preferindo o "burro" .
Feliz Natal Rafael, com tranquilidade.
Flor
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