Esta semana voltei a ter um serviço numa carreira de serviço público depois de algum tempo nos turísticos. Estive de volta à 25E, a tal carreira pela qual nunca morri de amores. E foi um regresso simpático até certa altura, porque a 15 minutos de render para terminar o serviço, lá tinha de apanhar uma interrupção que me impedia de chegar à Estrela onde iria ser rendido por um colega.
O dia começou cedo e se já há alguns dias os horários de verão entraram em vigor, muitos ainda não se terão habituado e não é de estranhar portanto que ao abrir da porta uma senhora entre e diga «Tão tarde! estou há imenso tempo à espera...» e escusado será dizer que não teve resposta da minha parte, pois já cheguei à conclusão que além de nem sempre educados, eles não compreendem só o que não lhes convém. Para a próxima se disser "bom dia", talvez tente explicar que estão em vigor novos horários.
Mas foi um dia em que fiquei igualmente a saber que há clientes que já apelidam esta carreira, como a carreira dos 100 metros de barreiras e não é para menos. Na verdade, o senhor que entrou no Corpo Santo com destino aos Prazeres, lá disse logo na entrada «vamos lá ver quantas barreiras temos hoje...» E se não entendi o que queria dizer de início, logo me apercebi quando parei junto ao Mini Preço para habitual descarga de mercadoria. «Ora cá temos a primeira barreira...»
Uns metros à frente, uma carrinha mal estacionada e «segunda barreira»... Foi rápido a aparecer o dono e prosseguimos viagem até ao Ascensor da Bica, onde um camião descarregava e carregava um contentor de entulho e o senhor lá disse novamente... «Terceira barreira, pá mas esta é uma barreira enorme...», minutos depois lá prosseguimos e lá fomos encontrando mais barreiras pelo caminho e certamente por mais de 100 metros.
E assim vão os dias neste verão quente e cada vez mais repleto de turistas...
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