A semana tem tido um pouco de tudo. Sol, chuva, vento, clientes simpáticos e antipáticos. Bons e maus horários mas tudo isto é esquecido quando nos pedem em pleno serviço «uma rapidinha». A situação pode ser banal e bastante normal, mas não fosse o português uma língua traiçoeira e nada disto teria a mesma graça. E foi precisamente a meio da semana depois da passar na Graça e no Castelo, já em plena baixa de Lisboa e com destino à Estrela, aos comandos do eléctrico das colinas da Carristur.
Uma turista brasileira, na paragem referida levanta o braço pedindo-me que parasse. Parei, abri as portas e sorrindo pergunta-me «Moço, esse bondinho vai no Bairro Alto?» Disse-lhe que sim mas que se tratava de um circuito turístico, pelo que o cartão que tinha na mão não era válido, mas que caso quisesse poderia entrar e comprar um bilhete próprio que seria válido por 24 horas.
A turista agradeceu a informação, mas «ah tá então não dá porque tou querendo uma rapidinha pr'a chegar no Bairro Alto... brigada ein.» Não resisti e sorri e quando me preparava para arrancar a turista em causa, sorriu também ficando depois a aguardar a chegada do 28E que só pela espera deixava de ser uma rapidinha, mas sem dúvida mais barato para percorrer a distância equivalente a três paragens.
Mas depois de vários dias ao serviço dos nossos turistas, eis que hoje regressei e com agrado à mítica 28E, onde o dia passou bastante rápido apesar da chuva irritante e do frio que teimavam em querer embaciar os vidros do eléctrico quase sempre cheio de gente num vai e vem constante colina acima, colina abaixo. Amanhã regresso ao colinas para terminar esta semana que antecipa um curto período de férias em atraso.
E assim vão as viagens a bordo dos veículos da CCFL
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