sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Simulacro de Incêndio pegou fogo nos passageiros da 28E

Há 26 anos atrás numa manhã de Agosto, Lisboa acordava debaixo de uma enorme nuvem de fumo. O Chiado estava a arder. Hoje a cidade acordou cinzenta sem fumo mas com alguma chuva, hoje o Chiado está renovado, mas muita gente questiona «e se voltar a haver um incêndio na baixa?» As respostas podem ser variadas, até porque passados todos estes anos inúmeros planos de prevenção foram estudados e elaborados, mas não esqueçamos que há ruas que sofreram grandes alterações onde a circulação automóvel é dificultada mesmo que em emergência. E exemplos disso são a nova rua pedonal que liga o Metro da Baixa-Chiado ao Elevador do Castelo com pinos e mais grave, a colocação de um quiosque de restauração em pleno arruamento da Praça do Município.

Mas tudo deve estar certamente estudado para que em caso de catástrofe as coisas se desenrolem dentro da normalidade possível para o momento que é sempre de aflição. Ora para que tal aconteça, nada melhor que se fazerem simulacros de vez em quando, para se apontarem e corrigirem as falhas. Mas será que um simulacro com o trânsito cortado 30 minutos antes, ajudará a obter resultados concretos?

Só os técnicos poderão dizer, até porque ao início desta tarde de sexta-feira, um simulacro de incêndio no Teatro de São Carlos, levou ao corte das artérias envolventes e o certo é que todos estavam avisados, ou melhor quase todos. Sabia a PSP, sabia a CML, sabiam os bombeiros, mas não sabia a Carris que não foi avisada, talvez porque os incêndios no teatro tenham só lugar depois o último e antes do primeiro carro da carreira 28E.

E se o dia estava a ser bastante calmo pelas colinas de Lisboa, a última volta acabaria por ficar marcada por este simulacro. Fui o primeiro a chegar ao local, depois do fecho da rua dos Duques de Bragança e antes dos próprios bombeiros que só chegaram 30 minutos depois. O caos instalou-se ao ponto de se juntarem mais de 5 eléctricos, onde em alguns deles permaneceram os mais resistentes a uma espera que tanto poderia ser de 30 minutos como de uma hora, mas nunca antes disso. Chegaram depois os bombeiros com alguns obstáculos pela frente. Minutos depois a chegada da ambulância. 


Os passageiros esses estavam cada vez mais chateados por terem de esperar ou prosseguir a pé o resto da viagem, ao ponto de muitos questionarem a hora e o facto de não terem avisado. Cerca de 1h30 depois o simulacro chegou ao fim, os eléctricos prosseguiram o seu caminho e eu acabei por ser rendido ali mesmo, ao invés de acontecer na Praça do Comércio.

Afinal estaria isto guardado para o final do serviço para marcar assim a diferença neste dia calmo e tranquilo pelas ruas de Lisboa... 


2 comentários:

CR 35 disse...

Os simulacros deviam ser acionados pela PSP ou proteção civil SEM AVISO.Assim se sabia quais os melhoramentos a fazer.

Anónimo disse...

Pois...

E pelos vistos, o simulacro mostrou que a coisa funciona mal...

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