domingo, 24 de agosto de 2014

Uma loucura chamada "Eléctrico"

Primeiro as férias, depois o regresso com uma enchente em Lisboa e um cansaço que me tem afastado da escrita. Assim tem sido os últimos dias que me têm deixado afastado da blogosfera. Lisboa continua na moda e por ser uma cidade barata para quem nos visita, não é de estranhar que as ruas estejam cheias, que os eléctricos não consigam dar resposta e que sejam muitas as situações por relatar e que por vezes se vão escapando pelo meio da falta de tempo para as transcrever. 

A grande diferença deste verão além das temperaturas andarem também elas confusas, é sem dúvida a grande presença de portugueses a fazer turismo em Lisboa, que se juntam assim aos emigrantes que voltam à terra natal e claro está aos estrangeiros que aproveitam para conhecer a cidade das sete colinas, sempre de forma muito afoita.

Como se não houvesse amanhã continuam a correr em busca de um lugar no eléctrico, mal o avistam, continuam a entrar e só depois a perguntar se o bilhete que têm é válido e pelo meio, muita insatisfação e muita alegria. Há de tudo e para todos os gostos, numa cidade cada vez mais diversificada quanto à oferta turística. 

Mas neste domingo, quero destacar a presença de três turistas sérvios, um dos quais viveu 8 anos em Albufeira, falando português fluente. Decidiu agora trazer a Portugal o casal amigo, porque diz ter boas recordações deste país. Contudo lamenta o facto de Lisboa não se mostrar ainda preparada para os turistas. «Fomos ao Castelo e nem entrámos porque a fila era para 2 horas de espera. No 28 a mesma coisa e por isso optamos pelo tram verde», dizia-me ao mesmo tempo que ia falando com os amigos sobre o uso do eléctrico na cidade de Lisboa e pelo facto de ser um transporte habitualmente usado pelas gentes do bairro para irem às compras ou para o trabalho.

Chegados à Praça da Figueira depara-se com uma enorme rumaria para o 15 e dizia-me: «esta gente é louca, andar ali apertada quando tem um bus que também vai para Belém...», ao que lhe digo que a maioria quer andar de eléctrico porque é característico da cidade e vem nos guias, mas ele lá dizia que «enquanto continuar assim sem saber aproveitar o turismo da melhor forma, vai ser difícil sair da crise», rematava...

E lá seguiu em direcção à Rua Augusta...




3 comentários:

Rosa disse...

Lamento dizer isto do meu país mas concordo plenamente, Portugal não sabe aproveitar e rentabilizar o que tem de bom,e é tanto...

Eduardo Ribeiro disse...

será que alguém pensou no ritmo de trabalho do motorista,no meio desta euforia toda?

Eduardo Ribeiro disse...

turismo e capitalização nacional.exportação e mais valia portuguesa.produtividade e empresas certificadas.simpatia e bem receber.publicidade e segurança ,brandos costumes.PARA QUE?e para quem ?se o trabalhador que sustenta com todo o seu esforço estas empresas institucionalizadas nada recebe!as mais valias anunciadas dentro destas empresas nunca recairão nos que realmente as merecem!
há vinte anos que conduzo autocarros da stcp no porto.o que mais me entristece é ver camaradas desiludidos com a falta do apreço que deveria existir ao fim de uma vida de trabalho na prestação do serviço.claro está que alguém leva os louros do bom funcionamento da carris e do stcp,OS VERDADEIROS TRABALHADORES devem tomar consciência disso,e agir SEMPRE dentro do modo do seu próprio interesse! sendo que os própios sindicatos deixaram de ser o veiculo para esse fim.

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