quarta-feira, 12 de março de 2014

Obras: Sim ainda há obras na Rua da Prata!

" Próxima paragem... Rua da Alfândega! " , «Então mas isto não ia para a Praça da Figueira?», pergunta de forma bastante indignada logo pela manhã um passageiro que tinha entrado a bordo do 15E após uma corrida no final da Av. Infante Santo, que não lhe permitiu sequer olhar para a bandeira de destino. Se a dúvida por parte deste passageiro quanto ao destino existia embora algo desacertada, já quanto ao tempo verbal que utilizou na questão foi o mais acertado. Porque de facto a carreira 15E ia para a Praça da Figueira há umas semanas atrás porque a obra no colector da Rua da Prata que se previa rápida, acabou por não o ser e ainda hoje se mantém o desvio para a Rua da Alfândega. Contudo quando nos questionam na cabine o porquê do desvio que já não é de ontem nem de antes de ontem e lhes informamos que se deve a uma obra, poucos são os que acreditam e que dizem mesmo que «arranjam mil e uma desculpas para enganar o povinho que já pagou o passe...»

Mas hoje a 15E estava naqueles dias em que tudo parecia acontecer para nos atrasar ou chatear. Após duas viagens ainda pela fresca, a primeira porta decidiu não colaborar com os serviço e recusava-se a fechar. Num primeiro pensamento pensei que poderia ser alguém junto das células que a impossibilitavam de fechar, mas não. Estava profundamente enganado até porque logo de seguida o computador acusava "pequena avaria na porta 1, Bloquear porta 1", mas o certo é que a porta lá se fechou e prossegui viagem. Mas não por muito tempo. Uma paragem depois, o mesmo problema e como se não bastasse, dezenas de pessoas a bufarem, num elevado teor de stress concentrado num eléctrico onde os olhares se centravam na minha pessoa. Tentei bloquear a porta e com algum custo lá se conseguiu resolver o problema para alívio dos que iam para o trabalho, para a escola, ou para onde quer que fossem. 

Ainda assim há passageiros que por muitos dias que andem na 15E ainda não sabem como as portas funcionam e ainda continuam a afastá-las para as abrir quando elas já estão a fechar, ou ainda há os que começam a bracejar para o nosso retrovisor, como quem diz que somos cegos, já para não falar dos que começam aos berros no interior a dizerem que os entalámos. O guarda-freio é naquele carro, o elo mais fraco mas por vezes o que está a assistir na "tribuna", a tamanha incompreensão por parte dos que diariamente ali se transportam.

Mas se a manhã na 15E foi repleta de situações que aqui esgotariam o espaço disponível para o post, já na parte da tarde tive serviço na carreira 12E que também ela sofre com a dita obra da Rua da Prata. E quem também não deixa de sofrer são os passageiros desta carreira que se queixam do tempo de espera ser maior, devido à alteração do percurso com a volta ao Largo do Camões. Muitos chegam mesmo a dizer que não percebem o porquê de não meterem lá «um autocarro dos pequeninos» como são conhecidos por quem ali habita, mas uma vez mais queixam-se a quem nada pode fazer. E assim vão os transtornos a marcarem presença assídua no dia-a-dia de quem tem de recorrer a estas carreiras, por causa de uma obra que todos desejam ver finalizada, ao mesmo tempo que muitos outros defendem a continuidade do 15E na Rua da Alfândega, fazendo ligação ao terminal fluvial e o certo é que hoje registei um elevado número de passageiros para o 15E naquele terminal. 

1 comentário:

Luís Santos disse...

Empurrar aquelas portas não deve ser pêra doce...
Porque não propôr a troca e terminais entre do 15E e o 25E, passando a 25E para a Pç Figueira?
Medida acertada, na minha opinião...

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