sábado, 26 de outubro de 2013

Semana de loucos num regresso às madrugadas...

Já devem ter reparado que pouco se tem escrito por aqui. Não porque não haja nada para contar porque numa profissão como a minha há sempre que contar, mas se algumas das situações acabam por se tornar já repetitivas porque os anos passam e as pessoas não mudam, o certo é que o tempo tem sido cada vez menos para colocar na rede as aventuras e desventuras do dia-a-dia. Com a ideia de aprender checo, ideia esta que poucos se lembrariam, solicitei dois dias por semana horários compatíveis com as aulas que decorrem na Cidade Universitária, e a direcção da minha estação acabou por ceder ao meu pedido. Contudo o que à partida parecia fácil nem sempre é, porque acordar ás 4h20 para estar na estação às 5h30 para poder sair às 16h00 a fim de estar nas aulas das 18h às 20h é sem dúvida uma "maratona" que é percorrida por quem corre por gosto, mas por quem chega ao final da semana completamente de rastos.

As semanas têm sido portanto mistas no que a horários diz respeito, ora médias, ora madrugadas e misto tem também sido o tipo de veículo do serviço ao longo da semana. Ora nos carris, ora no asfalto, de eléctrico ou de autocarro, o serviço tem andado pelas Colinas, 28E e 15E.

E para a história desta semana não posso deixar de vos relatar a situação com que me deparei na Praça do Comércio na madrugada de ontem, quando perto das 5h50 um casal chinês manda-me parar rumo à Praça da Figueira e me questiona como iam para o Castelo, ou seja qual o transporte que tinham de apanhar. Não sabia se havia de rir ou chorar, porque se aquela é uma pergunta à qual já estou habituado, o certo é que ainda não a tinham feito em plena madrugada, quando o Castelo nem sequer está aberto, e sobretudo quando eu dava tudo para estar a dormir e me deparava com alguém que de férias acordou cedo para visitar o Castelo. Lá acabei por lhes encaminhar para a terceira rua paralela à Praça do Comércio e lá foram eles todos contentes com o seu guia de viagem com caracteres que obviamente não consegui decifrar mas que aposto, queria algo dizer Lisboa.

Lisboa esta cada vez mais multi-cultural e cada vez mais, uma cidade que realmente não dorme. Hoje o dia ficou então marcado pela manifestação "Que se lixe a Troika" que acabou por interferir com o serviço. Aguardava então ordens superiores, com o eléctrico fechado em plena Praça do Comércio estando junto da bilheteira. Quando olho para o eléctrico tinha já a porta aberta e os bancos repletos de turistas à espera da partida como se fossem aqueles bancos de jardim, de acesso livre. E assim vai o reino de quem nos visita, que até podem ter muitos euros na carteira, mas que têm cada vez menos respeito por quem por cá vive e trabalha. Será que por lá em terras de suas majestades também se abrem as portas de casa e pode-se entrar à la garder? ...

Este domingo muda a hora, o que permite mais uma hora de sono que tanta falta tem feito nesta semana que termina apenas na segunda-feira. E acreditem, nunca desejei tanto que fosse segunda-feira. E esta hein?

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