Lisboa continua a ser cidade de eleição para os inúmeros cruzeiros que todas as semanas por cá passam e nos trazem milhares de turistas. E nem o tempo chuvoso e húmido que se tem feito sentir nos últimos dias deixa quem nos visita, no barco ou no hotel. As filas para os eléctricos continuam numerosas e as máquinas fotográficas apontadas são mais que muitas e tudo para captar uma recordação do transporte mais antigo da capital portuguesa.
De regresso ao circuito turístico, após um dia no 28E, deparei-me hoje com um casal espanhol que ficou encantado com o trajecto e com a história comentada ao longo do percurso que tem início na Praça do Comércio e que passa pelos principais pontos da zona histórica e central de Lisboa. No final comentavam com outros turistas que tinha sido um passeio que embora tenham achado caro ao início, valeria a pena porque «me encanta esta cuidad...»
E quem estava na paragem aguardando a partida ficou mesmo convencido com o que ouviam. Um senhor dirigiu-se também a mim e perguntou-me o preço do bilhete. Se num primeiro instante ficou na dúvida se ia ou não entrar, rapidamente decidiu entrar, porque «me dijeron que era un muy buen paseo. Así que le doy vuelta!», dizia determinado.

Enquanto esperava pela partida do 28E que estava na frente, lá fomos trocando algumas ideias e eis que no meio dos postais surgia um papel em português, com uma questão: «Agulha ajustada correctamente?», que relata uma experiência vivida pelos carris de Dresden quando um equívoco levou o senhor Thomas a pressionar o freio e garante que desde então sempre ficou atento e nunca mais lhe aconteceu e acrescenta ainda que foi graças a Deus. Sugere a leitura da Bíblia enquanto corre o mundo em busca de fotografias dos eléctricos porque no fundo, é um entusiasta que parece querer juntar o útil ao agradável.
Afinal de contas, para hoje estava reservado uma mensagem de Deus vinda de Dresden por intermédio deste alemão que por ali ficou a recolher mais fotos dos eléctricos que por ali iam passando, talvez para mais tarde publicar no seu site, que teve também gosto em partilhar e que aqui vos deixo, também como agradecimento ao senhor Thomas pelos postais que me ofereceu. Visite então www.thomasfehr.de e viaje pelo mundo dos eléctricos pelo olhar e descrição de Thomas Fehr.
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