domingo, 29 de setembro de 2013

Lisboa a votos com muita água à mistura e muita afluência... ao 28E.

Lisboa foi este domingo a votos à semelhança de outras Câmaras e Freguesias durante mais um acto eleitoral para as eleições autárquicas. Com um dia cinzento e chuvoso, muitos foram os que tiraram os casacos que há muito não vestiam, do guarda-roupa e não seria de estranhar que hoje o cheiro a naftalina abundasse pelos autocarros e eléctricos da Carris. E muito por causa dos que optaram e bem pelo uso do transporte público neste dia em que muitos foram também os que optaram para ir exercer o seu direito de cidadania, de automóvel congestionando assim as artérias próximas às assembleias de voto.

Mas o dia de eleições começou com uma mega-operação de fiscalização com o apoio da PSP na AV. 24 de Julho, local onde há semanas a esta parte tem sido notícia pelas piores razões, seja pelos assaltos ou agressões a tripulantes e passageiros das carreiras que por ali passam, por parte de quem escolhe aquele local como distracção nocturna e decide voltar de transporte público ainda que de forma ilegal. Contudo nem a presença da Polícia que se mostrou bem visível segundo testemunhos de quem lá passou pela madrugada, foram motivo de acalmia nos eléctricos e autocarros que por ali passaram. Porque estando a PSP em Santos, os infractores escolheram o Cais do Sodré para entrar e novos problemas ocorreram. Mas afinal para quando uma segurança eficaz e efectiva nos transportes públicos durante a madrugada?

Já com a noite a dar lugar ao dia, saí então da Estação de Santo Amaro e cedo me apercebi que a afluência aos eléctricos ia ser bem superior à das urnas, até porque a abstenção aos votos continua a ser elevada. A fila para o 15E fazia concorrência à do 28E logo pela manhã e com os carros em maior número neste Domingo, os atrasos foram inevitáveis pelas colinas de Lisboa. Inevitáveis foram também os habituais comentários entre passageiros sobre este acto eleitoral o que acaba sempre por causar debates acesos mas com alguma contenção.

Os turistas esses continuam como sempre, a correr de um lado para o outro e sem perceber o porquê de terem de sair no terminal, ao ponto de hoje um até me dizer que não saía porque estava a chover... E como se não bastasse tudo isto, no final do serviço e já quando me preparava para a recolha para o merecido descanso, lá tive de aguardar mais um horário de partida e desta feita de uma carreira que também acaba em 8 mas que até é de autocarro. Com a alteração do terminal da carreira 708 por imposição da C.M.Lisboa lá têm as chapas da 28E que recolhem num horário que coincida com o da 708 de aguardar porque ao contrário de outros o eléctrico ainda não consegue desviar-se... 

E assim vão os dias pelas colinas, a bordo do 28E com o regresso da chuva a uma capital que mais um ano parece ter-se esquecido de limpar as sarjetas, causando diversos "lagos" que por vezes tapam os carris, causando algumas surpresas a quem neles circula. 



 

Sem comentários:

Translate