terça-feira, 20 de agosto de 2013

Em mês de férias: Com tanta gente não há eléctricos que resistam...

Hoje Lisboa registou mais uma enchente de turistas. A cidade portuguesa parece estar na moda e muitos são os que têm escolhido a capital para uns dias de férias. Bom, férias para alguns, porque para outros nem parece, tal não é a correria atrás de um eléctrico nem que o mesmo vá reservado. As perguntas são as mesmas de sempre. "O 28?", "Onde está o Castelo?", "Como vamos para Belém?", "Já podemos entrar?" e esta última refere-se sobretudo ao serviço turístico da Carristur que tem o seu início na Praça do Comércio, mesmo que à frente dos olhos de toda a gente esteja uma longa fila de espera para entrar.

Uns transpiram em bica, outros torram ao sol e outros há que não dispensam uma discussão mesmo estando de férias e tudo, claro está, pelo lugar na fila. Se uns respeitam a fila, outros julgam-se mais espertos e tentam passar a todo o custo, pela "porta do cavalo", algo que é de imediato reprovado por quem aguarda há já algum tempo pelo eléctrico vermelho que apesar de ter partidas a cada 20 minutos, não consegue dar vasão a tanta procura, sobretudo nos dias em que atracam em Lisboa dois enormes cruzeiros, como hoje aconteceu.

Após tudo isto, ainda se arriscam a dizer que estão de férias? Pois eu cá, creio que vão chegar ao país natal mais cansados do que quando vieram e muito porque grande parte deles, provam não andar de transportes públicos lá por fora, tal não é a dificuldade que demonstram quando por cá têm de recorrer a esses meios, para poderem poupar alguns euros. Mal vêm uma porta aberta entram como se não houvesse amanhã e se paramos num sinal vermelho, começam a bater à porta como quem diz "abra lá isso que quero entrar..."

E a juntar a tudo isto, temos o trânsito que apesar de ser menos neste mês de Agosto, torna-se por vezes mais perigoso sobretudo quando subimos a Rua da Prata e vem a descer em nossa direcção um veículo de matrícula estrangeira, ou quando nos deparamos a meio da viagem com uma carrinha a despejar gravilha na linha do eléctrico. É o vale tudo, menos arrancar olhos, porque esses fazem falta não só para observar o que nos surge à frente durante a viagem, mas também para ver a quantidade de gente espalhada nas três principais paragens de eléctrico do centro lisboeta, que continuam a provar que a empresa só não factura mais porque não quer. Houvessem mais eléctricos a circular e mais euros iriam entrar, para os cofres do estado e claro para minimizar o prejuízo em tempos de crise, como aliás provam as imagens aqui apresentadas e recolhidas hoje durante o serviço, que foi cansativo, com muita gente, muita pergunta mas que acabou por terminar bem um uma excelente imagem de um final de tarde em Lisboa.

Boas viagens a bordo dos veículos da CCFL e se for o caso, Boas Férias!


 

1 comentário:

CR 35 disse...

A CML vai patrocinar vários táxis eléctricos para a cidade,salvo erro 20.Para quando uma mente iluminada que olhe a sério para a Carris sem olhar para a sua venda?não vale a pena ,só mesmo levando o secretário dos transportes ao locais e mostrar-lhe que vale a pena investir nos transportes públicos e não em privados ,mas primeiro é preciso que o presidente da CML também alinhe!

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