E o regresso ao trabalho depois da Gripe que me afastou dos carris, foi precisamente na 18E. Se muitos foram os meses sem ir para os lados da Ajuda, o certo é que em duas semanas hoje foi a terceira e ao final do segundo dia consecutivo, a certeza é clara: a 18E é uma carreira que a mim não me assiste, como diz o Hélio. É que ir lá uma vez por outra, até se torna "zen", para aliviar o stress de outras carreiras, mas duas vezes seguidas é dose, sobretudo numa carreira onde não se passa nada e onde por vezes há quem queira contrariar, nem que para tal se desafie o tripulante que vai calmamente a conduzir o eléctrico que desce a colina da Ajuda em direcção ao Cais do Sodré.
E que jeito dá ter uma esquadra no percurso da carreira. Devia haver uma em todas as carreiras, porque normalmente quando é necessário nunca encontramos um polícia. Ora se a montanha não vai a Maomé, vai Maomé à montanha. E assim foi esta tarde quando no meio daquela acalmia toda do eléctrico 18, dois cidadãos, aparentemente ciganos de leste, decidem contrariar as regras, como se fossem donos e senhores de um eléctrico ao seu dispor. Após a saída do último passageiro que tinha como destino o Calvário, um dos cidadãos atrás referidos, decide forçar a porta da saída quando esta já se encontrava a fechar, retendo assim o eléctrico na paragem, para que se aguardasse a chegada do segundo elemento que num estado embriagado mal conseguia andar.
Entrando um pela porta da frente e outro pela de trás. Título de transporte, não tinham e a embriagues e o cheiro pouco agradável com que se faziam acompanhar, impedia-me de todo continuar a viagem, sem que os mesmos tivessem de abandonar o eléctrico, até porque trata-se de um transporte público e não privado. Peço-lhes então que saiam do eléctrico, uma vez que não tinham título de transporte válido e porque o mais certo era ter problemas durante o resto da viagem porque um até já tinha improvisado com um dos passageiros.
Depois da primeira, pedi a segunda vez, mas como a reacção era sempre a mesma, a de quem tinha o chão a fugir-lhe dos pés com um olhar meio adormecido, decidi então pedir ajuda à PSP que estava mesmo ali ao lado. Não veio um mas sim, quatro agentes que ao chegarem ao eléctrico, já tinham os dois tipos a sair pelos seus próprios meios. Se até então não percebiam nada de português, quando me ouviram chamar os agentes, já percebiam tudo. E lá prossegui viagem até ao cais do Sodré.
Mas de volta à acalmia de uma carreira que de facto tem pouca procura, nomeadamente nos moldes em que ela está actualmente, após o corte ao Cais do Sodré, não quero terminar este olhar sobre os dois dias no 18 sem deixar de referir a agilidade com que foi colocado um sinal de trânsito na Boa Hora, mesmo à frente de um espelho parabólico através do qual temos a única visão quanto à possibilidade ou não de avançar perante a curva fechada junto ao mercado. Ora ainda que o sinal lá tenha ganho poiso durante pouco tempo (devido a obras), o certo é que não custava nada ter um pouco mais de atenção por quem coloca a sinalização vertical.
2 comentários:
Quando começaram a andar de metro ,autocarro ou eléctrico, bastava o funcionário abrir os olhos ou seguir com o olhar para ver se validavam para se sentirem intimidado,então ou saíam ou compravam o bilhete.Com a constante observação aos outros passageiros borlistas,em conjunto com a indiferença do funcionário e dos restantes passageiros que nada diziam , começaram a aprender que também se entrassem no meio da confusão ninguém lhes diria nada ou fazia nada .Passada a palavra à tribo assiste-se cada vez mais a usarem o transporte público como se em casa estivessem e como já aprenderam a ficarem junto à porta de saída para que se vier o fiscal saírem e apanharem o que vem atrás .VIVA PORTUGAL ! VIVA AOS OTÁRIOS!VIVA À INDIFERENÇA!
e quem o tinha posto lá da ultima vez foi um funcionário da carris,que teve uma trabalheira do caraças, estava eu na 742 e ele pediu-me ajuda para fazer a regulação da maneira que nos desse " mais jeito", mas acabou por ficar o melhor que se pôde fazer porque não dava para regular na posição que nos dava mais jeito. agora dessa maneira....
Marques.
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