Pela primeira vez, escrevo aqui no blogue, não sobre o meu dia de trabalho mas sobre a minha ausência. Inesperada e motivada por uma forte Gripe, que me levou à cama e sem reacção e forças para enfrentar o que fosse. Vi-me então obrigado a recorrer ao centro de saúde, local onde não ia há já alguns anos, nomeadamente após a entrada na Carris, dada a assistência prestada anualmente através da medicina do trabalho, e depois porque há muito não estava realmente doente ao ponto de recorrer ao médico. A folga passada na cama na esperança que as melhoras chegassem, foi interrompida apenas para a visita interna promovida pela Carris, às instalações do Metro, para que possamos conhecer melhor «a viagem que nos une».
Não iria adivinhar que na data da visita iria estar doente e estando a marcação feita, não quis obviamente faltar ao compromisso nem sequer perder uma oportunidade para ver como é a realidade de quem transporta debaixo do solo. Produtiva para o conhecimento profundo sobre a empresa Metro, esta visita acabou no entanto, por não ser favorável ao meu estado gripal que piorou. Desloquei-me então ao Centro de Saúde da Graça. A sensação ao entrar foi tanto de nostálgica, como de receosa. Nostálgica pelo facto de ali ter sido acompanhado desde miúdo e por recordar os tempos em que não havia tantas preocupações como as que vivemos nos dias de hoje. Receosa porque ao ver a quantidade de pessoas sentadas numa sala de espera com ar tão mau ou pior que o meu, levaria-me a querer que iria sair dali pior, sobretudo porque já sabia que o tempo de espera não ia ser curto.
Consulta médica largos minutos depois da chegada e o receituário com antibióticos, comprimidos para dores e estados febris e uma baixa (a primeira desde que trabalho) por incapacidade de me apresentar ao serviço. Três dias longe do tráfego e "preso" a uma cama, durante um estado que não foi propriamente pensado para uma pessoa activa como eu e disposta a não parar.
Agora já quase recuperado, resta-me uma tosse forte que não em tem dado o mínimo de descanso, mas amanhã estou finalmente de volta aos amarelos, porque neste momento, a doença que sinto é a falta do contacto com o exterior e o respirar do ar e o sentir da luz desta cidade que me espera. Já sem febre e sem delirar, posso mesmo afirmar que não consigo estar muito tempo longe dos amarelos, por muito que por vezes, o tempo custe a passar.
4 comentários:
As melhoras! a vida a bordo dos amarelos é o melhor antídoto para as gripes ....ao menos um tipo pode rir!Claro que os micróbios também se transportam mas infelizmente andam à borla!baos viagens a bordo dos amarelos .....da Carris!
As melhoras primo!!!
:)))))
na sexta feira tive na 35 e fui até santo amaro almoçar e passei um bocado o tempo na " vossa sala " e ouvi quem estava na expedição a trocar e a " arranjar" quem fizesse os teus serviços lol. deu para perceber que a forma como os expedidores tratam os guarda freios é diferente de como os da musgueira tratam os motoristas, são mais " porreiros" a falar e parece que é tudo amigo.
as melhoras Rafael.
Marques.
Caro amigo Rafael
Lamento a sua enfermidade, desejo-lhe rápidas melhoras.
Um abraço
APS
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