
O carro do fio – como é conhecido entre os tripulantes – é a par de outros
serviços na Carris, aquele que não pára. Sempre pronto a reparar uma espia
partida, a retirar um galho que acabou de cair de uma árvore ou até mesmo a
retirar um lençol que acabou de cair do estendal. Eles são também fundamentais
quando o trolley salta e a corda se desprende do eléctrico ficando sobre o
tejadilho do eléctrico. Faça chuva ou sol, eles estão lá e sem eles não seria
possível o bom funcionamento de uma rede aérea que está a seu cargo e que se
modernizou no início dos anos 90, quando a Rua dos Fanqueiros começou a receber
os novos cabos de tipo flexível, que vieram substituir os de tipo semi-rígido,
permitindo assim a partilha entre o trolley de roldana e o pantógrafo
semelhante ao utilizado nos comboios.
Além de mais económicos, esta alteração da rede aérea veio permitir maiores
velocidades e menores perdas de energia. As principais alterações de cabos, que de tempo a tempo precisam ser renovados, faz-se durante a noite e o tempo
para os trabalhos é pouco e tudo tem de ser feito longe da confusão
diária do trânsito lisboeta. Um trabalho por vezes esquecido, mas
precioso e que o «Diário do Tripulante», não quis deixar cair em
esquecimento.
2 comentários:
Sem eles não havia ...energia!
Olá "Guedes"...Eles não sabem o que é trabalhar na "Carris", mostra a vontade e o profissionalismo ao serviço de uma população.Parabéns "Guedes"...
Saudações...
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