terça-feira, 6 de março de 2012

Alterações na P.Comércio: Foram-se as paragens... e o barco!

A Câmara Municipal de Lisboa parece que se decidiu finalmente a tirar as paragens da Praça do Comércio até que sejam finalizadas as obras de requalificação da praça. Depois de obrigar as pessoas a labirintos intermináveis e de - digamos - brincar ás escondidas com os utentes dos transportes públicos, ora com um recuo da paragem ora com um avanço, eis que a meio desta tarde decidiu então retirar dali as paragens, sendo que os eléctricos param agora junto à C.M.L. com destino ao Cais do Sodré e param no sentido inverso, na Rua da Prata se for o 15E ou na Rua da Alfândega se for o 25E.

Mas esta alteração não poderia ter sido feita à noite? Podia de facto, mas não era a mesma coisa! A Carris ainda teve o cuidado de colocar no local um controlador de tráfego durante o período da alteração e apesar dos avisos nas estações, ainda enviou uma mensagem para todos os eléctricos que ali tinham paragem e deixaram de ter, mas as pessoas, essas insistiam em querer apanhar ali o eléctrico, mesmo que já restasse pouco de passeio e nada de alcatrão. 

Mesmo com a vedação a impedir a passagem de peões para a zona em questão, o certo é que após a alteração, os passageiros mais pareciam umas baratas tontas sem saber para onde irem. Os que estavam do lado de fora insistiam em andar pelo entulho das obras que voltaram a causar trânsito na Rua do Arsenal, já os que iam dentro do eléctrico, não paravam de reclamar comigo por não fazer paragem na Praça do Comércio, mas sim na Rua da Prata. «Ó Chefe então não pára? Tenho o barco para apanhar!», dizia um dos passageiros mais exaltados, pensando o senhor que eu me tinha esquecido de fazer a paragem.

Para juntar à confusão, o microfone que me permite comunicar com os passageiros não funcionava e tive de abrir a cabine e explicar-lhes o motivo de não ter feito paragem, mas eles insistiam em não querer ouvir explicações até porque o barco já não dava para apanhar. Na verdade, muitos devem ter pensado que deixei de lá parar, só porque sim, como se isto fosse coisa de nós termos hipótese de escolha. Resumindo, a culpa é do tripulante. Nada a que não estejamos já habituados...

Boas viagens!

3 comentários:

CR 35 disse...

Isto só mostra a realidade ignorante dos passageiros ,porque nem com cartazes do tamanho da Praça lá iam.
A culpa também remete-se à Câmara ou quem decidiu realizar as obras sem antes terem feito os ajustes necessários,ou seja tudo aliado deu um enorme "buraco"que por acaso não terminou no Tejo.Boas viagens!

APS disse...

Caro Rafael

Infelizmente vai sempre a culpa, para quem dá a cara!

Um abraço amigo
APS

Luís disse...

"Realidade ignorante dos passageiros"?! Como é que é suposto os passageiros adivinharem? Não há avisos nas paragens (nem paragens), não há avisos no site da Carris (que pelos vistos só serve para publicidade, já que nem mapas correctos a empresa consegue produzir), não há avisos dentro dos veículos... mas os passageiros é que são ignorantes?

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