segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

De eléctrico no... estaleiro!

Onde estavam paragens, está agora um amontoado de pedras e asfalto rachado. Onde circulavam pessoas, agora estacionam-se carrinhas e onde habitualmente circulam os automóveis, querem que por lá circulem os peões. A fila interminável que avistava na hora de ponta da manhã no Cais do Sodré, ocupando toda a Rua do Arsenal, quando me dirigia para a Praça do Comércio, a fim de iniciar o serviço turístico do eléctrico das colinas, fez-me antever que algo se passava no Terreiro que é cada vez menos das pessoas, pelo menos para já.

As barreiras voltaram a circundar parte da praça, as setas de desvio fazem labirintos entre arcadas e passadeiras, entre eléctricos e autocarros e as paragens essas foram desviadas. Resultado: A confusão está instalada numa praça que está novamente em obras, e desta feita, para que seja desviada uma das linhas de eléctrico e que seja criado um corredor BUS. 

Se ficará melhor ou não, só o tempo o dirá. O que para já sei é que não faz qualquer sentido, obrigar um turista seguir um caminho para adquirir um bilhete, depois obrigá-lo a voltar atrás, seguir pela estrada, contornando a bilheteira para então tentar entrar no eléctrico que o leva a conhecer Lisboa, sem bater com os ombros numa das carrinhas que por lá costumam estar estacionadas. É esta a imagem que querem dar de Lisboa?

3 comentários:

CR 35 disse...

Se a deixarem desta vez ....a Praça do Comércio...como um chamariz de beleza sem aquele asfalto e o trânsito mais célere,então terá valido a pena o sacrifício!

Rosana Mariano disse...

oi sou nova por aqui ..se quiser compartilhar ....

http://blogrosanamariano.blogspot.com/

PC disse...

Sigo o blogue há algum tempo, mas só hoje me senti na necessidade de comentar, tanto porque uso os transportes como também porque trabalho na área da construção/urbanismo.
A reorganização da praça do comércio sempre foi um "caso" na cidade, seja pela nabice de muitos, como pela negligência de outros tantos. As sucessivas alterações, penso eu, nunca estabeleceram bem qual a principal função da praça, que outrora era a recepção da cidade via Tejo. HOje, os fluxos da praça são confusos e com as mudanças constantes, seja de percursos automóveis como percursos de transportes, parecem ficar mais confusos. Afinal a praça é um espaço de estar ou um espaço de passagem? Ou é as duas coisas...
No entanto, pelo que vejo, as obras estão a complicar demasiado a situação do turismo e do trânsito. Na sexta-feira andava por lá a fazer umas fotos e preferi fazer a pé até ao C.Sodré do que apanhar o eléctrico ou algum autocarro... Estava simplesmente tudo parado.

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