domingo, 23 de outubro de 2011

"Elas não matam, mas moém..."

Se há semanas em que o cansaço nos vence esta é sem dúvida uma dessas semanas. Marcada pelo regresso às madrugadas para poder frequentar o curso de Transporte Colectivo de Crianças, no qual decidi inscrever-me, através da CarrisTur, e pelo regresso aos serões, como foi o caso deste sábado, na tão conhecida entre os guarda-freios, "altura 122". Resumindo: O descanso tem sido mínimo para que os resultados sejam máximos, digamos assim.

Cada vez me convenço mais que as madrugadas é dos melhores serviços que podem haver por passar rápido o dia, mas também fico cada vez mais esclarecido que para mim, não é nem de longe nem de perto a minha preferência. A noite para mim é mesmo para dormir. 

Semana marcada por manifestações contra o OE2012, que prevê o fim da Carris com a sua junção ao Metro, terminando assim uma marca com 139 anos de vida, o que me deixa profundamente triste, e que muito provavelmente deixará contente alguns dos "papagaios" que têm surgido nos últimos tempos nas televisões, querendo passar a mensagem de que os tripulantes da Carris é que são parte da dívida que o país acarreta.

Apanhei portanto ao longo da semana algumas dessas manifestações, o que causou alguns embaraços na prestação do serviço, ao contrário do dia de hoje em que regressei aos serões, na carreira 28E. No total... 8h15 de serviço com 1h32 de pausa para jantar, que na verdade foi só 1h00 devido a uma interrupção causada por uma ambulância do INEM.

Mas para certos "papagaios", os tripulantes da carris só trabalham 4 horas por dia...
 
Mas o dia não se ficaria sem mais uma interrupção e como não podia deixar de ser, tinha de acontecer na última viagem para o Martim Moniz, ou seja, naquela em que se deseja que nada aconteça para se proceder à recolha e ao merecido regresso a casa.
Contudo nem sempre é assim e hoje foi uma carrinha Skoda que impediu a passagem do eléctrico na Rua de São Tomé. 35 minutos à espera da Policia, que acabou por não aparecer antes da chegada do proprietário que se livrou assim de uma pesada multa, não só por impedir a passagem do eléctrico como dos peões, já que estava em cima da passadeira.
 
Pelo meio, ainda me calhou na rifa um daqueles indivíduos que se confundem com esponjas e que quando abrem a boca, quase alcoolizam quem os escuta. Só dizia: «Vais p'ós comandos que isto passa, mas de vagarinho. vai lá, vá...»
 
Como se eu tivesse vontade de ficar parado na última viagem antes da recolha. É caso para dizer que "Elas não matam, mas moém..." 

2 comentários:

BRUXA disse...

Ainda nao percebi, porque teem os guarda-freios de serem tao cautelosos com as viaturas mal estacionadas. Isto nao só perturba o trabalho dos que conduzem como também a vida daqueles que sao conduzidos! Isto é mais do que falta de educacao e civismo. Chega de caos!
Riscou ao passar, paciencia, da próxima estaciona onde deve!

Kruzes Kanhoto disse...

Era levar tudo à frente!!! Deve ser preciso paciência de santo para aturar gente desta...

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