quarta-feira, 17 de agosto de 2011

I’m Back!


Et voilá! Acabaram-se as férias. O meu regresso ao trabalho marcou o início de férias para outros. É sempre assim na época de Verão, se é que ainda existe esta época. Ainda assim não me posso queixar do tempo. Uns dias de chuva, outros mais frescos, mas no geral foram bem quentes os dias de descanso, em que aproveitei para rumar até ao centro-norte do País, como aliás, já tive o prazer de partilhar nos dois textos anteriores.

E o regresso ao trabalho não podia ter sido melhor. Uma novidade e o final da prova rainha do ciclismo com chegada marcada para Lisboa. A novidade, prende-se com a minha estreia no serviço turístico da CarrisTur, com o «Circuito das Colinas», e o contacto com um serviço diferente do habitual e bastante interessante, mas também ele causador de várias histórias e situações cómicas que, convosco terei o prazer de partilhar.

Quanto ao ciclismo, fui brindado com a final da Volta a Portugal em Bicicleta ter sido em Lisboa, precisamente no dia em que comecei o serviço depois das férias. A passagem do pelotão pela zona da baixa, em direcção ao Marquês de Pombal, tornou-se num desespero para muitos e em satisfação para outros. Desespero para quem precisou de transportes e não teve devido aos cortes das ruas, e satisfação para os admiradores deste desporto que se faz sobre duas rodas.

Mas pedais e camisolas amarelas à parte, lá me estreei nos «vermelhos», e nas primeiras viagens mais parecia um turista, que um guarda-freio da própria cidade, tal não era a atenção – não apenas ao trânsito – mas também ao audioguia, que vai dando a conhecer a história da cidade, dos bairros, dos monumentos e até do próprio eléctrico, com pormenores que em parte desconhecia.

Engraçado não deixa de ser no entanto, ver turistas de vários lados do Mundo, portugueses ou até emigrantes, que ficam – permitam-me o exagero – “excitados” quando sobem e descem as colinas, escutando-se por exemplo, um burburinho ao subir da calçada de São Francisco para de imediato soltarem um «uhhh Huuuuuuu!» logo na descida seguinte da Vítor Cordon, seguindo-se nova subida até ao Camões. Faz lembrar aquele suspance da montanha russa da feira popular, com o som das correntes a passarem nos carretos que ajudavam a subir a carruagem, antecipando a descida vertiginosa e repentina.

Memórias de outros tempos e também memórias que estes turistas certamente irão ter em tempos futuros, e é tão bom quando quando podemos também fazer parte dessas memórias.

De resto, já apanhei um pouco de tudo. Da portuguesa que ficou indignada por eu falar em Francês com uma francesa, porque no entender dela só devia mesmo falar português por estar em Portugal, ao senhor russo que depois de lhe ter dito que não entendia a língua russa, teimava em falar russo comigo. Uma experiência nova que tem sido enriquecedora em todos os aspectos.

1 comentário:

CR 35 disse...

Pois! com tanto colega russo já devias saber qualquer coisinha!

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