sábado, 2 de julho de 2011

O "Chef" recomenda...

Se uma sexta-feira podia passar-se sem confusão? Poder até podia, mas não era a mesma coisa! Talvez por isso, o melhor seja transformar o resumo de um dia de trabalho numa receita culinária. Como?... Simples!

«Validador de cabidela à la vinte-huit»
Grau de dificuldade: ****

Ingredientes:
Final de semana, principio do mês e um validador desafinado. Adicione gente que nem costuma validar a querer validar à força o titulo de transporte. 

Modo de Preparação:
Junte todos os ingredientes numa tarde abafada mas com chuva e deixe encher o eléctrico tipo sardinha em lata. Faça a viagem do Martim Moniz aos Prazeres na carreira 28E e a cada paragem avise os portadores do Lisboa Viva que o validador está com avaria, podendo os mesmos sentarem-se, se houver lugar claro.
Umas paragens mais à frente ainda vai haver quem tente validar depois de tantos avisos. Informe novamente a Central Comando de Tráfego da avaria a fim de ser trocado o validador. Deixe passar mais duas horas até ter a cabeça feita em água de tanta explicação do porquê do sinal vermelho do validador. Tenha um pouco mais de paciência e alerte um passageiro que escusa de dar murros na máquina porque não é por isso que vai deixar de dar luz vermelha.

Já com o Sol a dar um ar de sua graça quando a tarde está a terminar, vai ter os passageiros a libertar calorias, mas o que não os impede de ficarem sentados quando chegar ao terminal, onde já tem finalmente alguém da técnica para tentar substituir o validador. Por azar a chave não funciona e o validador tem de se aguentar assim por mais uma viagem em direcção ao Martim Moniz. Não se preocupe, porque basta adicionar mais paciência q.b.  porque quem trabalhou assim toda a primeira parte do serviço, é só mais uma viagem.
Chegado ao Martim Moniz, lá está finalmente alguém para trocar o equipamento, mas também lá está o colega que o vai render para poder ir finalmente jantar e descansar a cabeça de tanto aviso. O seu "prato" está então pronto a servir. Bom apetite!

Sugestão do Chefe:
Para complemento da receita anterior, o chefe aconselha um confronto entre dois taxistas no Largo do Chiado com muito sangue à mistura e atrasos na chapa que faz o último carro no Martim Moniz e nos Prazeres.

E assim fica resumido a caótica sexta-feira com que terminei a semana. Bem vindas sejam as folgas!


2 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma divertida descrição (para
os outros), de um dia de trabalho,
cansativo em repetições. Não deve
ser muito fácil para si, mas a nós faz-nos rir. O sentido de humor
é um bem precioso. Bom descanso!
M.Júlia

Xico205 disse...

Os taxistas DE LISBOA são tudo menos profissionais. Seja na maneira de estar socialmente como na condução. Um autêntico perigo para os restantes veiculos que têm que usar as mesmas vias que eles. Não consigo perceber como são aprovados nos psicotecnicos que se tornaram obrigatórios. Ou então os deles são muito mais faceis que os da categoria D, só pode.

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