terça-feira, 22 de março de 2011

O simpático regresso temporário à borracha

Sendo a Carris uma empresa que tem vindo a apostar fortemente na formação dos seus tripulantes, quer seja na inicial, ou na chamada reciclagem, não é de admirar que esta faça também parte do nosso dia-a-dia, nem que seja durante esse tempo, onde para muitos de nós acaba por ser o período onde são vividos os melhores momentos desta carreira. Como aqui relatei a seu tempo, já por lá passei quatro vezes desde a minha entrada na Carris em 2007. E se muitas das coisas na teoria não são idênticas ao que se passa na realidade, creio que há sempre algo novo a aprender em cada uma das sessões, o que torna interessante estas acções de formação ministradas pela CarrisTur, que têm recursos a várias ferramentas.

Mas o aparecimento do CAM, como normativa europeia para condutores de pesados de passageiros, acabou por me colocar uma vez mais na formação para a obtenção deste Certificado de Aptidão para Motoristas, que está a decorrer durante esta semana, o que tem feito também com que, não tenham aqui surgido novas situações vividas ou presenciadas a bordo dos eléctricos. Durante uma semana voltei assim, para a borracha e com muito agrado.

E hoje voltei a conduzir um autocarro, o que me deixou bastante satisfeito, até porque nunca tinha conduzido o modelo em questão. Feita a breve apresentação do veículo, lá conduzi no percurso entre o Museu dos Coches e o Restelo, na carreira 28 e vice-versa, ou seja, por um dia troquei apenas de veículo, dado que a carreira foi também a 28, número este, ao qual já estou habituado ver na bandeira do meu eléctrico. Este período de condução, serviu para analisar a condução económica e defensiva praticada, tendo obtido uma percentagem de 85% em condução livre. 

Estreei-me contudo, no modelo do autocarro, dado que não tinha estes MAN  (2950) na Musgueira. Resta-me agora a aguardar uma oportunidade para conduzir um dos novos articulados, dado que, é então o único veículo do serviço regular de passageiros que ainda não conduzi na Carris. A formação termina na sexta-feira e o regresso ao ferro está já agendado para terça-feira, depois desta data um regresso à borracha só será possível ou durante alguma interrupção temporária no modo eléctrico ou quando foi possível fazer extraordinários noutras estações. Até lá desejo-vos boas viagens a bordo dos veículos da CCFL.

10 comentários:

Anónimo disse...

diz lá que não tinhas saudades?
até eu depois de umas férias já sinto saudades de conduzir um autocarro, do resto é que não sinto falta nenhuma... lol
Marques.

Rafael Santos disse...

Boas Marques,

Se não entenderes "Saudades" como "Arrependimento", confesso que sim - Tinha!

Abraço.

CR 35 disse...

Oh Pá!eu gostava de voltar a conduzir um eléctrico mas 700,só para matar saudades e de preferência na 28,MONTANHA RUSSA!mas no Verão!

Xico205 disse...

E que tal o MAN 14.240? Conduz-se bem? É pouco generoso para as pernas não achas?

Cumps e bom CAM.

Sandro Castro disse...

Boas Rafael, o que sinto "saudades" é de conduzir um articulado isso sim, dá-me saudades, mas não chega perto dos "meus" eléctricos. Fica bem.

Rafael Santos disse...

Xico205,

O carro conduz-se bem, até, porque a cadeira é confortável e gosto do painel de instrumentos da MAN, mas há pormenores que dispensava. Detestei aquele retardador e a colocação de alguns botões e luzes.

N1981S disse...

A quem o dizes.

Se os conduzisses na 702 ou na 797!

Normalmente, para evitar travagens sem sentido desligamos o retardador.
quanto aos pedidos de paragens a solução é: "ó chefe, eu toquei!"

Xico205 disse...

Esses autocarros têm outro problema crónico, culpa dos Irmãos Mota. O pára-brisas está montado numa posição que à noite o motorista tem muita dificuldade em ver a estrada, em vez disso vê os passageiros refletidos no vidro. Claro que se desligar algumas luzes corrige-se parte do problema.

N1981S disse...

xico205,

esse problema não se verifica só nestes carros....

os marcopolo também têm esse problema.

Catarina G. disse...

Os motoristas dos articulados tambem tem formacao, certo? Nao ha' uma alminha caridosa por aqui que fale com os colegas do 750 e que lhes explique que os passageiros nao sao gado? De cada vez que viajo no 750 da Av. do Brasil ate' Alges e volta, fico enjoada que nem uma pescada. Sim, o piso tem sitios em que esta' em muito mau estado (a Buraca e' um pavor...), e mais parece uma viagem de montanha-russa. Mas nao e' necessario estar sempre a fazer grandes aceleracoes, nem paragens subitas quando nao ha razao para isso... E' que nao ha' paciencia... nem estomago que aguente!

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