domingo, 27 de fevereiro de 2011

Encantados con el tranvia 28

A fila divida-se por dois lados na paragem da Graça...
Poderia ser Domingo de Páscoa, mas até lá ainda faltam quase dois meses. Contudo o ambiente que se viveu hoje na carreira 28E foi o semelhante a um desses Domingos. Presentes em grande número estiveram os espanhóis talvez a fazerem um «aquecimento» para esse fim-de-semana em que decidem invadir Lisboa, como se nos quisessem conquistar antes que o mundo termine. A eles juntaram-se hoje os franceses e fossem eles tantos como os espanhóis e diria que se avizinhava uma segunda revolução francesa. 

Mas revoluções à parte, a guerra foi mesmo para conseguirem entrar no eléctrico a cada paragem feita. Era assim no Martim Moniz pela manhã e durante a tarde no Largo da Graça, onde nem no verão tinha apanhado tanta gente de uma só vez. «Chega lá para traz caramba!» começou por gritar um passageiro que queria ansiosamente entrar ainda antes da hora do almoço, quando estava já ele a prever que ainda não era desta que ia fazer a vontade à barriga. Contudo o seu pedido não foi aceite por um outro que já estava do lado de dentro que disse «aqui ninguém é gado para chegar lá para trás com carambas...» Escusado será dizer que a guerra verbal começou e tardou em acabar.

Cheio para cima... Cheio para baixo, acabaram por saber bem as três horas de pausa para aliviar o stress e respirar um pouco de ar numa tarde soalheira na capital. Já da parte da tarde, com uma chapa a fazer Graça-Estrela, os turistas não arredavam pé e o eléctrico tinha até dificuldade no fechar da porta. No final de cada viagem e depois de avisados que havia terminado a viagem, os que estavam de pé iam saindo, ao contrário dos que estavam sentados que permaneciam à espera que o eléctrico voltasse a andar, ou talvez pagos por uma qualquer marca de SuperCola, porque na verdade eles parecem que ficam colados aos bancos. 

Mas será que lá nos seus países de origem também ficam em modo «pause» no terminal das carreiras?.... Boas viagens a bordo dos veículos CCFL.
 

4 comentários:

CR 35 disse...

Pois é !eu acho que os bancos são tão confortáveis aliados à paisagem ,que a sensação é demasiado boa para se levantarem,ou será que confundem as nossas colinas com alguma montanha russa superior ás projectadas para diversão !qualquer dia alguém copia o formato da carreira e do trajecto para fazer mesmo uma montanha russa.Boas viagens a bordo dos amarelos da CCFL.

Flor disse...

Voltarei. Tens un convite no meu blogue de Noite de Tormentas.

Beijinhos
Flor

Louis disse...

bom dia Rafael,
uma curiosidade minha! Quanto tempo pode levar uma carreira completa do 28 em dia cheio de turistas e sem carros a bloquear a via, face a um fim de dia quando já não ha turistas?

Boa viagem!

Rafael Santos disse...

Louis,

Andará perto dos 40 a 45 minutos se não houver trânsito e muitos turistas... e claro as condições climatéricas assim o permitam...

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