quarta-feira, 21 de julho de 2010

Por meio chinelo o eléctrico não passou! Chinelómetro procura-se...

Quantas vezes se deparou com aquele problema do tamanho da peça de roupa que quer oferecer e não sabe o tamanho que a pessoa veste, ou ir a uma loja comprar um par de sapatos e a sua medida estar esgotada ou não ter a certeza de qual o número certo. Provavelmente também já se deparou com o estacionamento e saber se o carro cabe realmente no lugar.

A fita métrica ajuda em alguns casos, nomeadamente no que à roupa diz respeito. Já quanto ao lugar do estacionamento o melhor parece ser mesmo tirar o azimute. É o pão nosso de cada dia dos guarda-freios, sobretudo na carreira 25E. Mas isto porque até hoje ninguém nos tinha dado a conhecer uma nova técnica que ao que parece, é utilizada no estrangeiro, através do chinelómetro.

Pergunta o leitor... «Mas afinal que raio será um chinelómetro, pois também eu me questionaria. Na verdade a técnica parece ter chegado hoje a Portugal durante mais uma interrupção na Rua de São Paulo. À boa maneira portuguesa, o/a condutor do veículo estacionado, limitou-se a encostar a roda traseira, deixando a da frente a impedir a passagem do eléctrico.

Ao longo de duas horas (o tempo que passou até chegar o reboque), deu para ouvir e ver-se de tudo. Desde o homem que não seguia no eléctrico mas que queria ao fim da força que eu e o colega pegássemos no carro ao outro que num estado daqueles de ver tudo a dobrar dizia que nós tinha-mos carta sim, mas de alfaiate. Se a nossa paciência já não era muita, a do agente da Polícia Municipal que acompanhava a viatura "SmartBus Carris", era muito menos.

A interrupção que até foi longa, serviu para os turistas fotografarem a falta de respeito que ainda permanece para com o transporte público. Uma recordação que tão depressa não irão esquecer, até porque esperaram até vir a Lisboa para andar de eléctrico e acabaram a viagem a andar de autocarro. Contudo, dois desses turistas foram mais persistentes e recusaram mesmo ir no autocarro 25E, porque segundo os mesmos «queremos é andar de eléctrico».

As horas passam e o carro permanece a impedir a passagem do eléctrico e é aqui que surge a chegada do "chinelómetro" a Portugal. Cansado de esperar, um desses turistas decide tirar o chinelo e medir a distância do estribo (degrau) do eléctrico ao traçado do estacionamento, o que dava qualquer coisa como que um chinelo completo.

Chega-se então mais perto do pneu do carro mal estacionado e verificava que ali já só passava meio chinelo. Conclusão: afinal o guarda-freio tinha razão! O eléctrico não passava... e por meio chinelo! O resultado das medições por esse mesmo turista que está na imagem de t-shirt branca, foi o sair de um «bruaaa» da sua boca e sorrindo para o guarda-freio como quem diz que «afinal não passava mesmo», se é que dúvidas houvesse.

A risada instalou-se no local entre os que assistiam a este tipo de medições que ao que deu a entender é muito utilizado lá fora, tal a perspicácia do indivíduo ao medir as distâncias inclusive do carril ao lancil. Não será esta uma ideia a trazer de vez para cá e a fornecerem chinelos aos guarda-freios, dando assim um ar mais desportivo aliado ao pólo que tantos admiram ver vestido por quem os transporta?...

Boas viagens, com chinelo ou sem chinelo, a bordo dos veículos da CCFL.




6 comentários:

Anónimo disse...

Rafael, qual é o ponto de referencia para saberes se passa ou não? é mesmo como o " camone " estava a fazer ? vês a distancia a que o obstáculo está da linha do eléctrico?
Marques.

Rafael Santos disse...

Tira-se o azimute, e faz-se uma aproximação ao obstáculo até tirar as duvidas se passa ou não. Normalmente não falha o azimute.

Anónimo disse...

:-),na via das duvidas fazes como eu, fechas o olhos né?
marques

Anónimo disse...

Nesta tua frase: "nós tinha-mos carta sim, mas de alfaiate. Se a nossa paciência já não era muita, a do agente da Polícia Municipal que acompanhava a viatura "smartBus Carris", era muito menos.", o "tinha-mos" vem de tinha? Se não vem, então, é tinhamos, do verbo ter, primeira pessoal do plural.

CR 35 disse...

Qualquer parte do corpo serve como aparelho de medição,como por exemplo as mãos em concha para não perder as medidas da copa de soutien da Maria ou a mão aberta em que os extremos dos dedos com a mão aberta a medida da parede ao pára choques ou a medida dos dois dedos que passaram dois veículos lado a lado ou pé ante pé ...tudo serve para medir.É pena alguns não saberem utilizar todos estes instrumentos de medida para não atrapalhar o resto do Povo mas enfim ! boas viagens a bordo dos veículos da CCFL

Beatrix Kiddo disse...

sim fechar os olhos também era uma boa solução.

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