terça-feira, 22 de junho de 2010

A paragem mágica da 25E, até ao paraíso...

Confesso que já tinha saudades do contacto com os passageiros que embora nem sempre seja fácil, por vezes torna-se bem engraçado. As férias já lá vão e o regresso ao trabalho foi esta segunda-feira e até custou menos do que pensava, mas que não me importava de ter continuado as férias, isso é garantido.

A cidade está mais calma, parece que muitos também já foram de férias e andar por estes dias na carreira 25E até parece que algo mudou, mas não. Bem, se calhar até mudou. É que neste regresso, fiquei hoje a saber que há uma paragem que desaparece, numa carreira que vai para o Paraíso!

Não é nenhuma inovação, embora a Carris seja uma empresa receptiva a mudanças, nem tão pouco é uma visão futurista. A verdade é que esta tarde quando me dirigia uma vez mais para os Prazeres, um senhor perguntou-me se ia para o Paraíso. Disse-lhe que era a carreira 12 que passava na Rua do Paraíso, mas ele insistiu e perguntou então «mas este eléctrico não vai para o Cemitério dos Prazeres?» , pois ele referia-se mesmo era ao Paraíso que para ele é, nada mais nada menos do que, um cemitério. Pontos de vista diferentes que nem sempre esperamos conhecer, mas aos quais estamos sujeitos quando se conduz pessoas por uma cidade como Lisboa.

Se esta visão diferente do habitual da morte, me tinha deixado a pensar no que terá levado aquele senhor a fazer tal pergunta, a pensar fiquei também quando numa outra viagem, uma jovem entra no Largo Vitorino Damásio depois de ter feito uma maratona ao jeito da Rosa Mota para apanhar o eléctrico, e ter pedido se a deixava «sair naquela paragem que desaparece, ali em cima na R. São Domingos, s.f.f.»

Pensei de imediato... "Queres ver que a Carris já tem paragens novas e a ordem de serviço escapou-me?", mas optei por perguntar qual a paragem a que se referia, ao que de imediato me tentou esclarecer. «Sabe aquela companhia de seguros no início da R. São Domingos à Lapa...», "Sim, sim..." «Depois lá em cima costumam parar sempre porque há sempre gente para entrar ou para sair porque vejo da minha janela, mas não vejo lá a paragem como as outras...», "Sim mas existe lá uma paragem." «Pensei que eram favores que faziam às pessoas por ser na Lapa, sei lá... Mas de facto não podia ser porque as pessoas ficam também lá à espera. Achava estranho.»

"A paragem está assinalada através de uma placa igual ás outras, mas está fixa na rede aérea, como pode reparar" (já no local da paragem)... «Pois está. Afinal não desapareceu, está cá mesmo e por cima da minha janela, que fixe... É que moro aqui há pouquíssimo tempo e nem tinha reparado, mas obrigada na mesma.»

Afinal ainda não foi desta que as paragens passaram a desaparecer e a aparecer ao avistar o eléctrico ou o autocarro. Modernices que ainda devem tardar a chegar. E com esta me despeço por hoje.

Beijos e Abraços e Boas viagens a bordo dos veículos da CCFL.


2 comentários:

Angelo disse...

Essa da paragem que desaparece é mesmo boa! EH EH EH!

Welcome back!

JB disse...

bem vindo de volta, isso é que foi viagem longa para férias curtas.

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