segunda-feira, 12 de abril de 2010

Afinal... «De que lado está o Sol ?»

Nova semana de trabalho pela frente e quando menos se espera... eis que surge a pergunta da tarde! Depois de dada a saudação e ter validado o seu título de transporte, ainda no terminal da Rua da Alfândega, uma senhora hesita na escolha do lugar que vai ocupar, talvez pelo facto da fartura ser muita. Pois ainda estava vazio o eléctrico.

Mas para que a escolha fosse acertada à primeira, nada melhor que perguntar ao guarda-freio a opinião. «Desculpe, mas de que lado é que está o sol? É que já que não posso ir à praia, aproveito até aos Prazeres para me bronzear um pouco...», num primeiro impacto à questão colocada até pensei que a senhora estivesse na brincadeira comigo, mas um olhar pelo retrovisor mostrou-me a senhora em causa, à espera da minha resposta, para que se pudesse sentar.


É que agora além de termos de saber todas as ruas da cidade e farmácias como muita gente pensa, ainda temos de saber a posição do Sol e embora este estivesse em cima e não de lado, lá lhe disse que talvez estaria a bater no sítio oposto ao actual dado que iria inverter a marcha do eléctrico na raquete da Rua da Alfândega. A senhora agradeceu e sentou-se do lado esquerdo do eléctrico e deixou-me a pensar durante alguns minutos, no tipo de perguntas que as pessoas são capazes de nos fazer... Há de tudo e para todos os gostos. Amanhã há mais e esta não vale porque o Instituto de Meteorologia prevê para esta terça-feira céu nublado e descida da temperatura.

Boas Viagens!


4 comentários:

André Bravo Ferreira disse...

Vocês são uns autênticos GPS, para a próxima perguntam-te onde fica a loja de ferragens.

Abraço.

Gonças disse...

Isto só mostra a importância que vocês têm como catalizadores de uma componente social cada vez mais rara. Antigamente eram vistos como elementos muito importantes do dia-a-dia, pessoas expostas a muita informação, a muita gente e que transmitiam oralmente toda essa informação. Hoje em dia são, infelizmente, vistos como meros condutores, números, como uma função única. Veja essa "necessidade" de procurar em si um manancial de informação como um elogio.
Agora, como portadores dessa "sabedoria", receptores de tanta frustração e magos no transporte numa cidade automóvel-centrada DEVIAM TER MAIS E MELHORES CONDIÇÕES!!! Bem hajam

Rafael Santos disse...

Gonças,

Antes de mais obrigado pelo seu comentário e visita! Estou completamente de acordo consigo, quando diz que «Hoje em dia são, infelizmente, vistos como meros condutores, números, como uma função única. »

É a sociedade que temos actualmente!

André,

Um grande abraço também para ti!

Gonças disse...

A sociedade é feita de pessoas, feita de "nós"...temos que mudar isso!

Um abraço

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