sábado, 20 de março de 2010

Um regresso ao passado em 5 minutos...

Os seus 11,35 metros de comprimento e 2,30 de largura vistos ao longe dão para perceber que ali vem um histórico da Carris e claro está, um exemplar único que também faz parte da história de Lisboa. É depois do americano, o resistente dos carros abertos que compõem a frota do Museu da Carris.

Depois das saídas mensais inseridas nas comemorações do 10º aniversário do Museu da emp
resa de transportes de Lisboa, o característico eléctrico com o número de frota 283, voltou a sair este Sábado, para um aluguer "especial" de um grupo de turistas alemães também eles admiradores dos nossos eléctricos.

Esta viatura histórica, exemplar único dos carros eléctricos abertos da série 283 a 322, entrou
ao serviço em 1902, tendo sido oferecido, em 1961, ao Parque Infantil do Alvito, em Monsanto,onde permaneceu durante 20 anos.

Em 1981, regressou às oficinas de Santo Amaro onde foi totalmente resta
urado e reconstruído,
integrando, actualmente, a exposição permanente do Museu da CARRIS.

A sua presença nas ruas de Lisboa, origina por todas as esquinas e ruas um movimento repetido dos transeuntes que não perdem a oportunidade para registar o momento com a máquina fotográfica ou com o telemóvel. Tudo serve para mais tarde lembrarem o carro que durante anos transportou milhares de pessoas.

O sorriso e olhar nostálgico apodera-se dos rostos dos turistas que aguardam o transporte que os leva até Belém ou até ao lado oriental da cidade e que em 5 minutos apenas centram atenções no eléctrico naquele instante cruzou o Cais do Sodré, conduzido pelo guarda-freio Luís Jesus, com destino a Algés e repleto de passageiros, que também eles vibram com este que é o transporte mais antigo de Lisboa.

Foi um regresso ao passado em 5 minutos mas que deixou saudades por muitos mais dos tempos em que por exemplo, ainda havia eléctricos a passar à porta do Jardim Zoológico, como testemunha esta imagem de arquivo que aqui partilho...


Boas Viagens!

3 comentários:

CR 35 disse...

Rafael,tive o prazer de o conduzir do Arco Cego até Belém durante os primeiros circuitos turisticos efectuados pela CCFL em que o bilhete era um postal ilustrado numerado porque ficavamos com o canhoto ,quanto ao carro era preciso um pouco de distância porque os travões são mecânicos mas era um regalo no verão sem nada de vidros a travar o ar que circulava parecendo um descapotável, espero que continuem a pô-lo na rua para o povo se lembrar da história da CCFL nas suas viagens diárias a bordo dos amarelos.

André Bravo Ferreira disse...

Um bonito regresso ao passado, espero que o façam mais vezes nem que seja só para o vermos.

Abraço.

José Luís Reis disse...

Em criança ainda cheguei a viajar nesses eléctricos e que agradável eram no Verão! Parabéns por este espaço, Rafael.

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