terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Quando a chuva é muita, o autocarro vira bote...

Há dias em que por muito que se evite, chegamos a casa ou ao trabalho molhados. É só chover um pouco com mais intensidade e se o vento também fizer das suas, então não há chapéus-de-chuva que resistam. Hoje foi um desses dias. Chuva, muita chuva e se Vasco Santana fosse vivo, hoje poderia muito bem dizer que «chapéus há muitos», fazendo relembrar aquele clássico do cinema dos anos 40. A cada esquina, em cada caixote do lixo, um amontoado de varetas e tecido que outrora compuseram vários chapéus.

E nem eu escapei a uma valente molha, quando me deslocava para a Estação do Oriente, onde iria iniciar o meu serviço de hoje na 794 que liga esta estação a Santos, via Santa Apolónia. A primeira viagem foi logo uma surpresa, primeiro porque já rendi atrasado e cheguei a Santos ainda a tempo de fazer a hora da partida, o que por norma é complicado numa carreira como a 794, onde o horário é bastante curto. Depois porque a meio da viagem vi tampas de esgoto a saltarem no Largo de Chelas, fazendo lembrar aqueles efeitos especiais que normalmente se vê nos filmes, não dos anos 40, mas dos tempos que correm.

A verdade é que a água foi tanta que a Estrada de Chelas, parecia mais um rio e não tivesse o autocarro rodas, e qualquer um diria que a Volvo também já fazia barcos. A velocidade na zona não podia passar do ralenti até porque não se via a berma, quanto mais os buracos e até as próprias tampas dos colectores. Já na viagem de regresso ao Oriente a água continuava em abundância, mas já se encontrava no local uma equipa da EPAL a sinalizar as zonas mais críticas. E não estou a exagerar se aqui disser que em duas entradas de colectores, mais parecia terem instalado repuxos.

A água chegou mesmo a entrar pelas portas e diria que foi uma manhã bastante complicada no que diz respeito ao trânsito na capital.


Já da parte da tarde a chuva abrandou e o serviço decorreu dentro da normalidade. E digo normalidade porque já se sabe que a hora da saída dos meninos do Valsassina causa sempre um caos na paragem do autocarro. É ver aqueles carros topo de gama parados de qualquer maneira, até porque eles pensam mesmo que aquilo é tudo deles. Hoje foram necessários 4 minutos para que uma senhora que descontraidamente estava ao telemóvel aguardando o seu filhote, desse conta que a buzina do autocarro era mesmo para ela tirar o carro, para que pudesse-mos passar, porque há esquerda estava um passeio e sinalização vertical.


É caso para pensar... "Um colégio tão bom (como dizem) e não têem educação nenhuma!?!"

Amanha termino a semana. Haver vamos se, com menos chuva. Boas Viagens!

5 comentários:

Vasco Lopes disse...

Então, Rafael, a circular com o autocarro na ribeira de Chelas? E ainda por cima sem salva-vidas...

André Bravo Ferreira disse...

Rafael, se calhar a madame estava a marcar a hora da manicure, é uma coisa importante!

À muito tempo que não consigo ser o primeiro a comentar hi hi hi

Abraço.

Pedro Almeida disse...

Tchii, ao tempo que não ando na 794...
A "brincar a brincar", já passou 1 mês, e nem na 94 lá da terra (feita exclusivamente com os não menos exclusivos Mercedes 1117A/42) se cheguei a andar, enfim, não quero nada com 94 está visto lol....

Mas antes de comentar os "momentos molhados" de Rafael Santos LOL, só um ligeiro comentário ao SPOT PUBLICITÁRIO do Diário do Tripulante...
Gostei do spot, mas esperava MAIS, e não tenho dúvidas que conseguias fazer melhor!!
Havia ali umas coisas que eu não fazia bem assim (aquele 18-310 na 60), mas pronto...

Em relação aos momentos molhados, mais uma vez é de lamentar a falta de cuidado que algumas autarquias/juntas de freguesia têm na limpeza de determinadas áreas da cidade...
Aquilo não ficou alagado PORQUE choveu, mas sim porque ninguém se dignou a pensar no cenário CASO chovesse demais! E agora é altura de pagar a "factura da negligência" (salvo seja)...

E já agora (em relação á malta dos colégios), quem anda no colégio são os filhos e não os PAÍS...
Aliás, para andar num colégio não é preciso Educação, mas DINHEIRO!
Qualquer rasquinha com dinheiro mete lá os meninos...

Bem, e como o discurso já vai longo, o madeirense fica mesmo por aqui!!
Grande abraço e boas viagens!

Angelo disse...

Curto mesmo as tuas histórias! Mesmo que metam muita água!

Por acaso, há umas duas semanas, andei no 794... Só porque sim!

Condutor do TXXI disse...

A Volvo ainda não faz barcos, mas faz motores de barcos. Quem sabe se um deles não é o B7R. LOOL

Cumprimentos

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