quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Muita teoria, mas também muita prática! 742 no seu melhor...

Diz o ditado que «para morrer, basta estar vivo», mas há também quem opte pela teoria da Lili Caneças que em tempos disse que, «estar vivo é o contrário de estar morto». Qual delas optar não interessa, o que interessa mesmo é que esta teoria pode servir para descrever o meu dia de trabalho de hoje. Se estar vivo é o contrário de estar morto, então, cair é o contrário de levantar. Estar deitado é o contrário de estar em pé e estar parado é o contrário de estar a andar.

Pois bem, o dia começou ao contrário. Pode parecer estranho mas não. Aconteceu um pouco do que já foi referido acima. Estive algum tempo parado (em vez de começar a andar), vi uma pessoa cair na rua (coitada, deve ter-se aleijado) e vi a cortina cair sobre mim (foi por pouco que não me acertou), mas começando pela manhã, acabei de render o colega e logo na minha frente, uma senhora com o seu carrinho verde, decidiu tentar «empurrar» o autocarro amarelo da minha frente, porque tinha pressa para chegar ao seu trabalho.

Escusado será dizer que a pressa terminou em vagar e sem o seu pára-choques. O pior foi que inicialmente não se deu como culpada, depois lá caiu em si e viu que tinha batido por trás e que vinha da esquerda para a direita e lá se deu como culpada, mas.... Eis que surge um "mas"... só tirava «o carro com a presença da Polícia, por via das dúvidas.» O resultado alastrou-se rapidamente à Rua das Janelas Verdes, à Rua Maria Pia, à Rua de Alcântara e todas as carreiras que por ali passavam, pararam.

Passado um tempo lá apareceu a Polícia Municipal do "nosso" smart de vigilância Corredor Bus que fez as marcações e mandou retirar os carros do local. Á hora que devia partir do Casalinho estava em Alcântara e podem desde já imaginar o granel que estava montado nas paragens seguintes. São coisas que acontecem, pois seguindo a teoria, para se ter um acidente de viação basta ter carro e andar na estrada.

Resolvido o problema e já com a chapa na hora, chego á P.Chile. Os passageiros entraram, fechei as portas, olhei para o espelho esquerdo, olhei para a frente e vejo na passadeira da frente um vulto a cair. Era mesmo uma senhora que havia tropeçado nos Carris do eléctrico que infelizmente já não passa na Morais Soares (era uma boa solução apra terminar com as paragens em segunda fila). Estava distraída a senhora e confesso que até a mim me doeu os joelhos...

E porque não há uma sem duas nem duas sem três... Hoje houve até quatro. A meio da tarde lá apareceu na paragem do Casalinho o indivíduo que chateia sempre a cabeça ao motorista com a lamuria de uma dor (que não tem) nas pernas para ficar fora da paragem junto à tasca da Boa-Hora. Comigo não se safa, porque se está doente das pernas e não pode andar, se bebe (e não é pouco) ainda fica pior. "Isto só pára nas paragens. Não é como o táxi. Ou fica aqui ou na próxima", disse-lhe, embora ele insistisse que «mas não te custava nada parares ali amigoooo», como meu amigo não é de certeza, contei até três e fechei a porta: "Está decidido. Não queres sair aqui, sais na próxima", mas não me livrei das ameaças normais do tipo que lá ia dizendo que «agora atirava-me aqui para o chão e tinhas de parar obrigatoriamente e chamar o teu chefiii».

Para terminar, um susto ao subir a Rua Maria Pia. De repente, ouvir um estalo e vi a cortina da minha frente cair sobre mim. Mais uma prova da teoria, que para cair basta estar em pé. Tal como um desmaio de uma pessoa, a cortina ressentiu-se do sol que suportou toda a tarde e deu de si. E lá tive de terminar a viagem com o rolo da cortina ali mesmo na minha frente, porque nem as hastes se tinham soltado. São coisas que acontecem quando menos se espera e que tornam caricato um dia de trabalho, onde desde então, todos os que entravam, olhavam com espanto.

Surpreendido fiquei eu, com a amabilidade (coisa rara nos tempos que correm) de um senhor que se transportava no autocarro e se levantou a perguntar se era necessária alguma ajuda para remover a cortina que estava suspensa. Foi simpático, mas consegui minimizar o problema. Hoje já será reparado nas oficinas.
E amanhã há mais...

Boas Viagens!

5 comentários:

CR 35 disse...

Rafael ,o LELLO devia era ter ido de eléctrico sair em andamento direitinho á tasca ,e aterrar no barril de vinho assim passava-lhe as dores todas porque ficava logo anestesiado .E o raio da 742 toca-te sempre a ti! mas já falta pouco para mudares para a 18 que também passa na Boa Hora.Abraço,Roger

Alfacinha disse...

Por acaso, estava eu, também, no meio de transito, como você na Alcantara, que estava eu no veículo de táxi que vinha da Rua Prior de Crato. Esperei uns tantos minutos, por sorte o taxista era simpático que dizia achar permitir desviar para a Rua Maria Pia com atalho para Av Ceuta E directo a estrada de eixo Norte/Sul, caminho para Telheiras. Senão, nunca mais chegava a tempo ao trabalho que o meu patrão zangava-me. Era pena de perder tempo aquele acidente de viação que não era normal, porque estamos de inicio de Setembro, mês calmo como Agosto, porque estava acontecer ontem? Chatice. Hoje irei de costume. Boa viagem para todos que guia com o cuidado.

Bruno Pedroso disse...

Que dia "atabalhoado"! Alcântara é o cúmulo do caos.

Em relação aos carris da Morais Soares é uma pena, ainda estive lá na segunda feira e já na rua que sobe ao largo do Leão está tudo tapado, mas de qualquer maneira se houvesse eléctricos de CERTEZA que acabam com o maldito estacionamento desenfreado da Morais Soares. Daqui por uns tempos provavelmente só restará a raquete da Morais Soares para mais tarde recordar.

Bruno Pedroso disse...

*Raquete do Alto de São João (enganei-me)

rnbc disse...

Este comentário já vem com uns anos de atraso, mas lembro-me perfeitamente do tempo em que os elétricos circulavam na Morais Soares e já nessa altura havia sempre montes de carros e camionetas de distribuição mal estacionadas, em segunda fila. Na prática só havia uma faixa para cada lado, como acontece agora. Mas, perguntam vocês, como é que passava o elétrico? Simples: na altura estacionavam nas faixas junto ao centro, em vez das faixas junto ao passeio! Não subestimem o espírito inventivo do condutor lisboeta! Aliás era pior ainda do que hoje, porque lembro-me de ver descarregar camionetas de distribuição estacionadas na faixa mais central e além de interromperem a faixa ainda interrompiam a outra enquanto passavam com os produtos às costas, etc...

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