
A tarde parecia ser calma, dada a pouca afluência de passageiros, o pouco trânsito nas ruas que até permitia ouvir o martelo dos calceteiros bater nas pedras que irão compor os novos passeios de São Sebastião, enquanto se aguardava o verde surgir no semáforo. As obras estão prestes a acabar o que vai ser bom, porque é bastante cansativo passar aquele troço.
Surge o verde e lá estou eu a atravessar a António Augusto de Aguiar, rumo á Ajuda e já com uma passageira a perguntar-me se não passava à porta do estabelecimento prisional de Lisboa. Confirmei-lhe que passaria e disse para sair quando o grupo de pessoas que estava em frente á porta da saída, saísse. Pois também eles iriam para lá, porque já no dia anterior os tinha transportado. Era hora da visita!

Sete minutos passaram e lá me consegui escapar daquele embaraço causado pelos «chicos-espertos». Mas ao contrário do que eu pensava, ainda iria apanhar novamente engarrafamento, porque não era só no sentido descendente. As pessoas, começavam a desesperar e aos poucos iam descendo nas paragens por onde ia passando. O autocarro ia ficando vazio e do lado oposto só via rostos de desespero de quem ainda tinha umas boas centenas de carros à frente.

Chego ao Arco do Carvalhão e mais um bom pedaço de tempo parado. Os acessos à ponte estavam completamente parados e a senhora que estava sentada no primeiro lugar já me informava dos pormenores, porque «nem imagina como estavam os carros lá na ponte. Era só chapa batida...»
Olho para a Consola SAEIP e já vejo um atraso de 25 minutos. Olho sobre o horário da chapa e já devia estar na Praça do Chile quando ainda estava no Arco do Carvalhão. Uns metros à frente consigo a pouco e pouco chegar a Campolide e novamente tudo parado. Ao todo já ali estava á 40 minutos para fazer a Rua Maria Pia entre Alcântara e Campolide, um percurso que habitualmente demora 12 minutos.
E pronto lá apareceu depois alguém que perguntava se parava na paragem da Rua Morais Soares... Mas porque não havia eu de parar se lá está a paragem? As paragens estavam cheias e há hora de entrar na Estação ainda eu estava a chegar à Madre Deus. E assim foi caoticamente o meu dia de trabalho. Amanhã termino a semana pelo que as folgas serão bem-vindas!
Boas Viagens!
2 comentários:
boas rafael, eu tive na 56 e escapei-me mesmo a tempo, ao vir para a p.industrias estava a formar-se fila para a ponte cá mais atrás por baixo das aguas livres ao vir para as olaias na minha última viagem já estava tudo entupido, foi coisa de 15 minutos e teria o dia estragado, tive sorte. fica bem
Ando normalmente na 742 e 718. Boas notícias se as obras vão acabar, porque quando passava por lá via a minha vida a andar para trás...
Enviar um comentário