quarta-feira, 22 de julho de 2009

Férias na Cidade IV: A corda bamba a quebrar a rotina

Hoje tinha de passar pela Fnac do Chiado para tratar de revelar umas fotos. Decidi portanto apanhar o eléctrico 28, porque além de ficar mais próximo, é uma alternativa útil ao autocarro que conduzo diariamente enquanto estou de serviço. E pelo caminho, ocorreu o inesperado, aquilo que por vezes acontece, mas que há já muito tempo não assistia. No cruzamento da Rua da Conceição com a Rua da Prata, a roldana do trolley do eléctrico que seguia à frente saltou fora e a corda, essa rompeu com a força que a vara exerceu.

Quebrou portanto a corda e a monotonia de quem já por natureza tem cada dia diferente do anterior. O percurso da carreira ficou interrompido, mas não por muito tempo, dada a rapidez com que a equipa da manutenção chegou ao local para subir ao eléctrico, baixar a vara e substituir a corda. Nostálgico para mim que me fez recordar os antigos eléctricos 700, onde acontecia mais vezes isto, dado que não circulavam com pantógrafo, tendo assim mais probabilidades de isto acontecer, e engraçado para os turistas que iam a bordo e os que iam a passar naquele momento.

Para outros fez mesmo alguma confusão o porquê do eléctrico não andar, porque como dizia um senhor no local, «ele tem la o outro (pantógrafo) em contacto e está a trabalhar», como se soubesse o que ali estava a dizer. Se ele soubesse que na carreira 28 não é permitido o uso do pantógrafo e que o mesmo só estava em cima a aguardar a reparação, para que o compressor não deixasse de trabalhar, nem tinha feito tal observação.

Feito o reparo, fica também feita a referência para o trabalho daqueles dois colegas da Manutenção, que rapidamente chegaram ao local e repararam a avaria com eficiência, permitindo assim que a carreira 28E prosseguisse dentro da normalidade, para alegria dos muitos estrangeiros que enchiam a paragem da R.Conceição. Sem dúvida mais uma história, que neste caso, a colega Guarda-freio terá para contar para mais tarde...


Boas Viagens!

4 comentários:

André Bravo Ferreira disse...

Ora uma coisa que não se vê todos os dias. Dessas nunca apanhei.

Grande abraço.

André Bravo Ferreira

Ricardo Moreira disse...

Apanhei algumas destas, todas elas antes dos remodelados e articulados. Curiosamente uma das que melhor recordo foi sensivelmente no mesmo local, mais metro menos metro, e causou um valente engarrafamento de 28s, talvez por a ajuda ter sido mais lenta que a de hoje! E claro, lá estavam, como neste caso, os "especialistas" e "mestres" que tudo sabem!

Vasco Lopes disse...

Desde cordas partidas, roldanas caídas, trolleys entalados nas bifurcações da rede aérea, já vi de tudo. Isto para não falar noutros acontecimentos como descarrilamentos e acidentes graves que já assisti ao vivo e a cores. Mesmo com todos estes incidentes, continua a ser o meu meio de transporte preferido.

Abraço.

C disse...

Não faço a mínima ideia como funciona um eletrico e tenho pena não saber, assim como lamento que não seja coisa a que obtenha resposta ao perguntar a alguém.

Sei que é pelos carris e pelos cabos, mas como? Qual a dinâmica aqui?

O eléctrico é, sem dúvida, um meio de transporte especial. Por mim enchia a cidade com eles e bania o resto. São rápidos e estes modelitos antigos são extremamente confortáveis. Tem mais circulação de ar, protege melhor no inverno ou no verão, as janelas tem protecções para o sol, coisa que a Carris esqueceu de todo em todos os seus novos modelitos de transporte. Enfim, adoro os electricos ANTIGOS.

PS: mas aposto que os utentes não acharam tanta piada assim há demora. Por muito rápida que seja a intervenção dos técnicos, uma paragem enche muito, muito depressa e quem fica para trás ou quem entra e faz a viagem todo espremido, não fica nada satisfeito.

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