terça-feira, 2 de junho de 2009

Regresso "atrevido" e com as curvas da 742

11h20 da manhã e já eu estava em Alcântara para um regresso ao trabalho, claro está na 742, depois de uma semana e meia de férias, que deu sobretudo para descansar e aproveitar o bom tempo que se fez sentir por Lisboa. O certo é que até podia estar um mês inteiro de férias, que não iria notar diferenças na 742 até porque ás 11h20 já a equipa de fiscalização que vinha a bordo, tinha passado dez coimas. Para tempos de crise como tanto se fala, nem dá para acreditar como ainda há assim tanta gente que arrisque pagar 140.00€ quando pode apenas pagar 1.40 € e isto falando na Tarifa de Bordo...

Mas contas à parte, a única diferença que notei, foi mesmo aquela que acontece sempre que estamos algum tempo afastados daqueles volantes e de carros com aquelas dimensões. Tudo parece que é maior, mas também bastam três ou quatro paragens para que estejamos como sempre, mais à vontade, até porque como diz o ditado, "quem sabe nunca esquece..."

Hoje calhou-me em sorte apenas viagens ao Polo Universitário, o que em tardes como a de hoje - permitam-me o atrevimento - torna-se bem mais agradável, sobretudo aos olhos que não se cansam de ver as curvas e contra curvas das... carreiras :)

A manhã passou bastante rápido até e como duas horas é tempo que sobra para se almoçar, aproveitei para visitar os colegas guarda-freios na estação de Santo Amaro, aproveitando igualmente para me inteirar dos meus serviços para esta semana através do computador. "As conversas são como as cerejas" e o certo é que as duas horas lá passaram e regressei para a segunda parte do serviço, não de eléctrico, mas a pé até Alcântara.

Mais uma viagem ao Polo Universitário e no regresso para o B.º Madre Deus, a primeira história deste regresso ao trabalho. Na rua do Cruzeiro, entrou uma senhora com a sua filha (de apróx. 5 anos) que se queixava imenso das pernas, dizia que lhe estavam a picar. A criança chegou mesmo a chorar com a aflição, e a mãe preocupava-se cada vez mais a cada grito que a pequena rapariga reproduzia.

Aparentemente deveria ser uma pequena alergia até porque ora tanto doía, como não doía, mas a mãe estava cada vez mais preocupada e não teve meias medidas, decidiu tirar os calções à rapariga para se inteirar do assunto. Sentada no primeiro lugar do autocarro junto á porta da entrada, a rapariga encolhia-se e alertava a mãe que estavam os restantes passageiros a olhar... «Aqui não mãe, está tanta gente....» dizia a rapariga pelo meio do choro, com a mãe a dizer: «Não faz mal filha, és pequenina ninguém vê, mas a mãe tem de ver o que se passa».

Mas a rapariga encolhia-se cada vez mais até porque não tinha a privacidade que desejava já com os seus 5 anos de idade. Estava no seu direito! Acabou por sossegar já depois da Boa Hora com a mãe a dizer que ia «por água e já passa...».

E para terminar, até porque assim foi o meu dia de hoje, apenas acrescentar - e aproveitando o atrevimento deste post - ao anterior que também adoramos os decotes e as mini-saias em tardes de calor :) Já as colegas tripulantes, também podem dizer de sua justiça, através dos comentários a este post.

Boas viagens!

5 comentários:

Pedro Almeida disse...

Eh lá, este final de post...
Está um pedaço atrevido está, mas como ficaste uma semana e meia sem algumas das tuas utentes universitárias mais descapotáveis, digamos que estás "perdoado" lool...
Já em relação á 742, achei caricata a maneira como a mãe da criança resolveu as coisas...
Despiu a miúda á frente de toda a gente, e achou que só com água passava a alergia.
Tá bem que a criança estava em "brasas" com aquilo, mas daí a tratar uma alergia como um INCÊNDIO, sinceramente...

Bem amigo, o madeirense fica por aqui, e votos de boas viagens!!

Abraço!

Anónimo disse...

Boas rafael, hoje cruzei-me contigo no alto são joão penso q eram 18:14,tive na 718,hoje tambem tenho uma boa para contar: numa das viagens ao efectuar a paragem em frente ao cemitério entra uma sra. idosa que ao ver tanta gente á entrada do cemitério adivinha o que ela disse!? ( sinónimo de muita inteligencia ) -"ahhh! deve ser um funeral !!! ".
Ainda tive para lhe responder que não, devia era ser um casamento :-) ,mas ainda levava a mal e fiquei calado que é como os portugueses deviam ficar quando não sabem o que dizer, como esta sra.

beatriz disse...

“... Quando as pessoas entram e dizem «Bom dia/boa tarde/boa noite sr.(srª.) Motorista/Guarda-freio», provando que ainda há quem se lembre que está ali alguém que lhes abre a porta”
pois isso eu tb gosto de fazer,teoricamente...e acho importante.no entanto,a hora a que eu utilizo o autocarro(9 da madrugada!)é muito agressiva para mim,sou um zombie de manhã,coisa que só passa depois de um café,e às vezes de dois.Gostei do blog (tomei conhecimento dele agora mesmo quando tomava café,saiu no jornal :)
** do Porto

André Bravo Ferreira disse...

A ultima parte simplesmente fantástica, fica bem na parte do "Adoramos" ;-)
Parece a minha faculdade, seja Inverno ou Verão, chuva ou vento, há sempre quem venha assim.

Estou estupefacto como em alturas de crise há gente que se arrisca a não comprar tarifa de bordo, sabendo o risco que tem de ser apanhados! Lembra-me uma história também na 742 mas fica para outros campeonatos.
Bom regresso, Rafael.

Grande Abraço.

André Bravo Ferreira

Rafael Santos disse...

Anónimo das 2:10 e colega,

Essa está muito boa!!!! Das melhores que já ouvi :)

Bom serviço.

Abraço.
_________________

Beatriz,

Seja então bem-vinda ao blog e boas viagens! :)

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