segunda-feira, 11 de agosto de 2008

O primeiro Km...

Maio de 2007. ás 08h00 do dia 08, dou entrada nas instalações da Carris, na Estação de Cabo Ruivo. Dirijo-me à recepção, onde depois de ser amávelmente recebido, pedem-me que aguarde a chegada dos restantes colegas que nesta data, tal como eu, iniciavam uma nova etapa das suas vidas.

Para trás tinha já ficado uma longa “maratona” de exames médicos para admissão na empresa de transportes públicos da cidade de Lisboa e as aulas de condução na “Radical”, já que optei por tirar a categoria D, antes de entrar, iludido com a possibilidade de entrar de imediato para o curso de Guarda-freio. Era o meu objectivo principal!

Antecipado o curso de Guarda-freios, restava-me então o de motorista. Fiquei um pouco desanimado, mas a vontade enorme de mudar de trabalho, aleada ao gosto pela condução, fez-me agarrar com garra esta oportunidade.

Aos poucos iam chegando os novos formandos que fariam parte do curso 6 do ano 2007. Reencontro um amigo de há muitos anos. O João Guerreiro, acabava por ser meu colega e eu colega dele, sem nunca termos pensado em tal situação. Sinal que a vida dá muitas voltas e que o mundo é mesmo pequeno.

Chegava depois a altura de conhecer-mos as instalações de Cabo Ruivo e oficinas e subir ao 1.º andar. Ao todo, eramos 20 e à nossa frente estava o «chefe», o Sr. Gama. Os primeiros minutos foram para apresentações, tal e qual como na escola.

Feitas as apresentações, chegava a altura de nos apresentarem a Carris através de um vídeo. Surpresa para muitos... Para mim não foi, pois há muito que conhecia a história e a realidade da Carris dado o meu gosto pelos eléctricos e autocarros.

A cada um de nós foi entregue um dossier, que com o passar dos dias se foi completando e aumentando de volume com documentação afecta à formação dada pela Carristur.

Os dias foram passando e à segunda semana de formação, já todos sabiam a que estação iam ficar afectos. Dos 20 formandos, 10 ficaram na Musgueira, 5 na Pontinha e os 5 restantes em Miraflores. Dos 20 elementos 7 tinham já a categoria D. Os restantes tiveram formação acrescida de Mecânica Automóvel para obtenção de nota positiva no respectivo exame da DGV.

Em Miraflores foi-nos entregue o fardamento e desde então passamos a vestir de azul.

Enquanto as aulas de mecânica decorriam para alguns, os que tinham categoria D, onde eu estava inserido, aproveitavam para conhecer melhor os carros da frota e para conhecer alguns percursos que mais tarde teriam de aprender. Percorria-se assim os primeiros kilómetros ao volante de um autocarro da Carris. Um MAN SL200F. Já muitas voltas tinha dado antes, mas como passageiro, pois agora tava do outro lado...

Foto cedida por: Pedro Almeida

2 comentários:

ricardo disse...

Olá Rafael. Parabéns pelo primeiro post no seu blog. Espero que este seja o primeiro de muitos posts a contar as aventuras e desventuras de um motorista da Carris. Só lhe pedia uma coisa: era se tinha mais cuidado na escrita pois vi aqui alguns erros ortográficos que seria de bom tom corrigir em próximos posts.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Esses MAN eram um espetáculo! Ninguém se metia à frente deles. A 100 metros de distância já se ouvia o animal...lolol. Que saudades de descer a São Domingos à Lapa na 27 a quase 60Km/h com esses carros. Era tudo agarrado ao pau.

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